Renda, Consumo e Centralidade do Trabalho na “Nova Classe Média” Brasileira

Autores

  • Nayara Silva de Noronha Escola de Administração de Empresas de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas - EAESP/FGV
  • Déborah Mara Siade Barbosa Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Palavras-chave:

Classe social. Nova classe média. Renda. Consumo. Trabalho.

Resumo

Objetivo: Compreender a centralidade do trabalho para a classe  social emergente brasileira, conhecida como “nova” classe média.

Originalidade/Lacuna/Relevância/Implicações: A centralidade do trabalho é um fenômeno recente e com debates em construção. Se estamos falando de uma classe em que o trabalho permanece como elemento centralizador de suas vidas e, por conseguinte, com o mundo organizacional, é de fundamental importância que os Estudos Organizacionais tragam sua contribuição.

Principais aspectos metodológicos: Há poucos trabalhos escritos sobre tal temática, por isso, nosso trabalho foi baseado na revisão sistemática da literatura.

Síntese dos principais resultados: Reiteramos que a associação simples e superficial entre classe, renda e consumo não é capaz de compreender toda a complexidade que há por de trás das estruturas de distinção e separação de classes. Quando percebemos a sociedade apenas como mera reprodução do mercado, ou seja, pela renda e pelo consumo, estamos perpetuando a naturalização da superexploração do capital que foi transvestida de ação individual transformadora. A acumulação virou algo tão sutil na sociedade que não percebemos que a exaltação da renda e do consumo como respostas às mudanças sociais é leviana e esconde toda a dominação simbólica do capitalismo.

Principais considerações/conclusões: Afirmamos que não há a formação de uma nova classe média, mas sim uma nova classe trabalhadora. Para esses sujeitos, o trabalho continua sendo o elemento central e transformador de suas vidas, que permite também acesso ao que antes era restrito a uma pequena parcela da população.

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Biografia do Autor

Nayara Silva de Noronha, Escola de Administração de Empresas de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas - EAESP/FGV

Doutoranda em Estudos Organizacionais na Escola de Administração de Empresas de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas - EAESP/FGV e professora do IFSULDEMINAS.

Déborah Mara Siade Barbosa, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

Doutoranda em Administração pela Universidade Federal de Minhas Gerais

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Publicado

2016-02-12

Edição

Seção

Gestão Humana e Social