A evolução recente da transparência dos fatores de risco nas informações contábeis: uma análise de empresas brasileiras de telecomunicações
Resumo
A crescente volatilidade dos mercados a partir da década de 1970 suscitou grande interesse pelos riscos financeiros, mas atualmente a visão é mais abrangente e se tem discutido muito sobre o gerenciamento global dos riscos, e não apenas quanto aos riscos financeiros. Esta também tem sido uma preocupação das agências reguladoras do mercado de capitais, principalmente o Fasb e a SEC, que instituíram normas específicas para a divulgação de informações sobre riscos financeiros e não financeiros como forma de aperfeiçoar a transparência do mercado. O objetivo deste artigo é avaliar o grau de transparência com que as informações sobre riscos financeiros e não financeiros foram abordadas nos relatórios contábeis denominados 20-F das empresas de telecomunicações nos anos 2000 e 2001. Essas informações vêm sendo divulgadas e são uma contribuição para a eficiência do mercado conforme conceituada por Fama (1970). O estudo é predominantemente exploratório e utiliza como metodologia a análise documental, com leitura dos relatórios contábeis das empresas selecionadas, classificação dos fatores de riscos segundo os conceitos de Jorion (2000) e análise dos dados baseada na classificação dos fatores de riscos conforme o seu nível de informação, isto é, o grau de evidência do risco e principalmente os possíveis impactos em relação ao futuro do negócio. As considerações deste artigo, embora parciais, podem nos levar à reflexão sobre as diferenças de qualidade na divulgação dos riscos financeiros e não financeiros, bem como à discussão sobre os aspectos culturais e estratégicos que levam os administradores a tomar decisões diferentes sobre a divulgação desses fatores de riscos, além da comprovação da contribuição para a eficiência do mercado.
PALAVRAS-CHAVE: Transparência; Fatores de risco; Eficiência do mercado; Volatilidade.
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