Riscos e Incertezas na Decisão de Inovar das Micro e Pequenas Empresas

Autores

  • Glessia Silva Universidade Federal de Sergipe
  • Antonio Luiz Rocha Dacorso Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

Riscos e Incertezas, Fatores de Risco de Hammond, Keeney e Raiffa (1999), Tomada de Decisão, Inovação Aberta, Micro e Pequenas Empresas.

Resumo

 

A decisão de inovar envolve riscos e incertezas e está entre as difíceis decisões que as empresas precisam tomar em sua trajetória de evolução organizacional. Nesse contexto, as MPE’s por deterem limitações financeiras e de sua própria estrutura, frequentemente se vêem restringidas em suas ações e se tornam organizações pouco inovadoras. Frente a isso, uma das alternativas que se apresenta a essas empresas é o modelo de inovação aberta, pautado na utilização do conhecimento externo como forma de agregar valor à organização, uma vez que o aprendizado e a interação mútua entre uma empresa e seus diversos agentes, propiciados pelo modelo, permitem compartilhar riscos e incertezas e podem conferir as competências necessárias para inovar de maneira dinâmica e contínua. Neste artigo pretende-se analisar como o uso do modelo de inovação aberta por parte de micro e pequenas empresas pode reduzir os riscos e incertezas presentes na decisão de inovar, partindo-se da análise dos fatores de risco de Hammond, Keeney e Raiffa (1999) para verificar as incertezas, resultados, chances de ocorrência, e conseqüências da decisão tomada. Trata-se de um estudo qualitativo, de caráter exploratório, com uso de entrevistas semi-estruturadas e análise bibliográfica. Os resultados apontam que as micro e pequenas empresas ao passarem por momentos críticos em seu desempenho organizacional buscam na inovação uma alternativa de sobrevivência frente aos novos parâmetros que lhes são impostos. Entretanto, essas empresas apresentam como incertezas associadas à decisão de inovar a falta de know-how e a insuficiência de capital para arcar com o custo da inovação. No intuito de reduzir essas incertezas, buscam nas fontes externas de conhecimento o suporte financeiro, tecnológico, de mercado e competitivo que as permitam inovar e alcançar vantagens competitivas sustentáveis, tendo como resultados desse formato de inovação a superação de suas incertezas, o lançamento de inovações de produto, serviço e processo, a melhoria de seu potencial competitivo e a formação de um processo de inovação. Dessa forma, pode-se afirmar que o uso do modelo de inovação aberta não só reduz os riscos e incertezas relacionados à inovação como contribui para que essas organizações inovem e melhorem seu desempenho organizacional.

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Biografia do Autor

Glessia Silva, Universidade Federal de Sergipe

Graduada em Administração pela Universidade Federal de Sergipe. Mestranda em Administração na linha de Pesquisa Inovação e Tecnologia da Universidade Federal de Sergipe. Tem interesse de pesquisa em: inovação, inovação aberta, micro e pequenas empresas, empreendedorismo e finanças corporativas.

Antonio Luiz Rocha Dacorso, Universidade Federal de Sergipe

Mestrado e doutorado em Administração (FEA/USP-2000/2005). Dedica-se, desde 1997, à pesquisa e docência em Administração. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Sergipe, UFS, Campus de Itabaiana, Departamento de Administração. Áreas de pesquisa: Decisão, Geração de alternativas, Decisões Naturalísticas, Inovação, Pequena empresa, Risco, Operações.

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Publicado

2014-09-10

Edição

Seção

Recursos e Desenvolvimento Empresarial