Tempo Dedicado ao Trabalho e Tempo Livre: Os Processos Sócio-Históricos de Construção do Tempo de Trabalho
Palavras-chave:
Tempo Dedicado ao Trabalho, Tempo de Trabalho Necessário, Tempo Disponível, Tempo Livre, Jornada Formal de Trabalho.Resumo
O presente ensaio tem como propósito discutir como o tempo de trabalho ultrapassa o tempo formal da jornada de trabalho a partir das três seguintes categorias de análise: (i) tempo de trabalho socialmente necessário ou simplesmente tempo de trabalho necessário, (ii) tempo dedicado ao trabalho ou tempo disponível e (iii) tempo livre (que compreende o chamado “tempo socialmente supérfluo”, quando se refere ao tempo ocioso e o “tempo socialmente disponível”, o qual é mediado pela velocidade decorrente das transformações emergentes no mundo contemporâneo). O conceito de tempo empregado neste ensaio parte de uma concepção que possibilita apreender esta categoria como construção social e histórica e não como uma categoria abstrata arbitrária. Neste ensaio serão tratadas as concepções de que seja a construção temporal, do tempo de trabalho e do tempo livre, procurando entender como a fronteira do tempo de trabalho invadiu sutilmente o tempo livre do sujeito trabalhador, tornando estes tempos fluídos, tensos, urgentes e flexíveis. Tempo este aprisionado não por um controle minucioso da atividade, para adaptar o corpo ao exercício do trabalho, mas por dispositivos que mobilizam o sujeito a partir de objetivos e projetos, canalizando o conjunto de suas potencialidades para fins do capital. Os argumentos desenvolvidos neste ensaio permitem sugerir que o tempo de trabalho necessário corresponde àquele em que o trabalhador produz o equivalente ao seu próprio valor. Tempo excedente é aquele que extrapola o tempo necessário de trabalho. Desta forma, o tempo de trabalho necessário não constitui, no sistema de capital, o tempo de trabalho ou tempo disponível de trabalho, pois este engloba igualmente o tempo necessário e o tempo excedente de trabalho.
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