Comprometimento Organizacional e Regime de Remuneração: Estudo Em Uma Carreira Pública de Auditoria Fiscal

Autores

  • Maria Joselice Lopes de Oliveira Analista Tributário da Receita Federal do Brasil. Tutora de curso a distância de Gestão Orçamentária, Financeira e Contratações Públicas para Municípios, da Escola de Administração Fazendária - ESAF.
  • Augusto Cézar de Aquino Cabral Universidade Federal do Ceará, Professor Associado I, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC)
  • Maria Naiula Monteiro Pessoa Universidade Federal do Ceará, Professora Associada da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC)
  • Sandra Maria dos Santos Universidade Federal do Ceará, Professora Associada da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC)
  • Vivianne Pereira Salas Roldan Centro Universitário Estácio do Ceará

Palavras-chave:

Comprometimento organizacional, Regime de Remuneração, Carreira Pública, Remuneração Variável, Remuneração por subsídio

Resumo

No contexto da Carreira de Auditoria da Receita Federal, utilizou-se, por cerca de nove anos, o regime de remuneração variável, vinculado à avaliação do desempenho individual e ao alcance de metas de arrecadação. A partir de 2008, esse sistema remuneratório foi substituído pela modalidade de retribuição pecuniária por subsídio, fixado em parcela única, sem gratificações ou recompensas. O novo modelo marca o fim das metas de desempenho individual e institucional para fins remuneratórios. Dada esta realidade, a pesquisa pretende responder à seguinte questão: Que efeito a mudança do modelo de remuneração variável para remuneração por subsídio causa no comprometimento organizacional no âmbito da carreira de auditoria do fisco federal? O objetivo geral é investigar a relação do comprometimento organizacional com os modelos de remuneração variável e por subsídio. Para isto, são considerados dois momentos distintos de forma remuneração: sob o regime de pagamento variável, vinculado ao desempenho individual e ao alcance de metas da organização, e no segundo momento sob a forma de remuneração por subsídio, sem qualquer vínculo com as metas organizacionais ou desempenho individual. A pesquisa é de natureza quantitativa e descritiva quanto aos fins, utilizando uma survey como método de coleta de dados, com 142 integrantes da Carreira de Auditoria da RFB lotados na 3ª Região Fiscal. A análise dos dados coletados foi realizada a partir de estatística inferencial não paramétrica, baseada, sobretudo, em testes de análise univariada de variância. Os resultados indicam um elevado grau de comprometimento organizacional por parte dos pesquisados, ausência de efeito sobre esse comprometimento com a mudança no regime de remuneração que a categoria atravessou e revelam que auditores e analistas possuem preferência pelo modelo fixo de remuneração. Verificou-se, ainda, uma percepção de alteração negativa no trabalho com a mudança na remuneração, indicando para estudos futuros, a análise de como as variáveis de resistência organizacional intermediam a mudança em sistemas de remuneração.

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Biografia do Autor

Maria Joselice Lopes de Oliveira, Analista Tributário da Receita Federal do Brasil. Tutora de curso a distância de Gestão Orçamentária, Financeira e Contratações Públicas para Municípios, da Escola de Administração Fazendária - ESAF.

Graduada em PEDAGOGIA, UFC (1983), com Habilitação em Administração Escolar e Supervisão Escolar. Pós-graduada com Especialização em Gestão Pública, UFC (2001).  Mestre em Administração e Controladoria, linha de pesquisa em Estudos Organizacionais e Gestão de Pessoas - 2009/2011, UFC. Exerce o cargo de Analista Tributário da Receita Federal do Brasil, e é tutora de curso a distância de Gestão Orçamentária, Financeira e Contratações Públicas para Municípios, da Escola de Administração Fazendária - ESAF.

Augusto Cézar de Aquino Cabral, Universidade Federal do Ceará, Professor Associado I, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC)

Prof. Dr. Augusto Cézar de Aquino Cabral,  líder do Núcleo de Estudos organizacionais (NEO), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria (PPAC), da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC), da Universidade Federal do Ceará. Concluiu o doutorado em Administração na Universidade Federal de Minas Gerais (2001), o mestrado em Educational Administration and Supervision na University of New Hampshire (1991), o mestrado em Administração pela Universidade Estadual do Ceará (1996), e atualmente é Professor Associado I da  Universidade Federal do Ceará, atuando na área de estudos organizacionais e gestão de pessoas.

Maria Naiula Monteiro Pessoa, Universidade Federal do Ceará, Professora Associada da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC)

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Ceará (1986), mestrado em Economia pela Universidade Federal do Ceará (1992) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000). Atualmente é membro do Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria (PPAC). É professora associada da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Orçamento e Gerência de Custos, atuando principalmente nos seguintes temas: gestão de custos, gestão, custos, controladoria e custos e tomada de decisão.

Sandra Maria dos Santos, Universidade Federal do Ceará, Professora Associada da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC)

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Ceará (1978), mestrado em Economia pela Universidade Federal do Ceará (1989) e doutorado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (1998). Atualmente, é membro do  Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria (PPAC). É professora associada da Universidade Federal do Ceará, tendo experiência na área de Economia, com ênfase em Organização Industrial e Estudos Industriais, e atuando principalmente nos seguintes temas: Ceará, competitividade, indústria, controladoria e gestão.

Vivianne Pereira Salas Roldan, Centro Universitário Estácio do Ceará

Mestre em Administração e Controladoria pela Universidade Federal do Ceará (2012). Professora Assistente III do Centro Universitário Estácio do Ceará , Brasil

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Publicado

2014-07-28

Edição

Seção

Gestão Humana e Social