Valores que Motivam Mulheres de Baixa Renda a Comprar Produtos de Beleza
Palavras-chave:
Valores e consumo, Mulheres de baixa renda, Produtos de beleza, Consumo na base da pirâmide, Consumidor em desvantagemResumo
O artigo tem como objetivo identificar valores individuais que motivam mulheres de baixa renda, mesmo vivendo com severas limitações financeiras, a comprar produtos de beleza, que poderiam, à primeira vista, ser considerados como itens supérfluos. A cadeia meios-fim (GUTMAN, 1982) e as tipologias de valores de Rokeach (1973) e de Floch (1990) constituíram sua base conceitual. Foram conduzidas entrevistas em profundidade, empregando a técnica laddering (REYNOLD; GUTMAN 1988), com 17 mulheres de baixa renda residentes na cidade do Rio de Janeiro. As entrevistas também foram interpretadas com o auxílio de análises de conteúdo e de discurso. Os resultados trazem evidências de que, com o uso de produtos de beleza, as consumidoras de baixa renda buscam elevar sua auto-estima, constantemente abalada pelas restrições que sofrem devido à sua condição financeira, que as colocam em permanente situação de desvantagem. Também buscam, através da beleza, adquirir respeito de classes sociais hierarquicamente superiores, já que a aparência parece ser uma maneira eficaz para diminuir sua percepção de discriminação por serem pobres. As entrevistadas mostraram-se muito conscientes quanto às suas limitações orçamentárias para despender com produtos de beleza, adquirindo apenas o que podem pagar. A marca surgiu como um fator importante em suas escolhas, não para obter status, mas como garantia da qualidade dos produtos. O trabalho buscou ampliar o conhecimento sobre o comportamento de consumo dos grupos sociais na base da pirâmide, examinando questões ainda pouco exploradas, como valores de sua subcultura. Sob a ótica gerencial, traz contribuições para a gestão do composto de marketing de empresas que pretendam atuar naquele mercado.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Após a aprovação do artigo, os autores cedem seus direitos autorais à RAM. As condições da Sessão de Direitos Autorais incluem:
1. A Revista de Administração do Mackenzie (RAM) mantém, com a cessão dos direitos autorais, a posse dos direitos sobre os artigos por ela publicados.
2. O autor retém seus direitos morais no artigo, incluindo o direito de ser identificado como autor sempre que o artigo for publicado.
3. A partir de 01 de julho de 2015 a RAM adotou o padrão de licença CC-BY (Creative Commons– BY). É permitido ao autor copiar, distribuir, exibir, transmitir e adaptar o artigo. O autor deve atribuir de forma explícita e clara a publicação original do artigo à RAM (referenciando o nome da revista, a edição, o ano e as páginas nas quais o artigo foi publicado originalmente), mas sem sugerir que a RAM endossa o autor ou sua utilização do artigo. Por meio da licença CC-BY os conteúdos estão liberados para interoperar plenamente com os mais diferentes sistemas e serviços, incluindo fins comerciais. No caso de quaisquer reutilizações ou distribuições do artigo, o autor deve deixar claro para terceiros os termos do licenciamento do artigo. O Critério CC-BY segue as políticas de acesso aberto dos principais publicadores e periódicos de AA (Acesso Aberto) como são o PLoS, eLife, Biomed Central, Hindawi, entre outros.
4. A RAM poderá, mediante solicitação formal do autor, autorizá-lo a publicar o artigo na forma de capítulo ou parte de livro. A única exigência é que a publicação anterior na RAM (nome da revista, edição, ano e páginas) deve ser referenciada de forma explícita e clara.