O uso da história de vida para compreender processos de aprendizagem gerencial

Autores

  • Lisiane Quadrado Closs Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Claudia Simone Antonello Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Abordagem de pesquisa, Procedimentos metodológicos, História de vida, Aprendizagem gerencial, Processos de aprendizagem.

Resumo

O presente ensaio teórico tem como principal objetivo apresentar e discutir as possibilidades do uso do método de história de vida, em estudos dos processos de aprendizagem gerencial. O caráter distintivo desta abordagem metodológica é o de contextualização pessoal, histórica, social, institucional e/ou política de narrativas. Buscando descortinar estas forças que moldam, distorcem e alteram experiências vividas (HATCH; WISNIEWSKI, 1995; BERTAUX, 1980), examina-se o potencial de utilização desta estratégia de pesquisa para explorar a compreensão do processo complexo e dinâmico da aprendizagem gerencial. Apresentam-se, em caráter ilustrativo, a síntese da história de vida de um gestor e  a análise de processos de aprendizagem identificados em seus relatos. Evidenciam-se também os procedimentos adotados para a sistematização das análises dos processos de aprendizagem de um grupo de gestores pesquisados, utilizando esta abordagem de pesquisa. O estudo sugere que o uso do método de história de vida, na investigação de processos de aprendizagem gerencial, além de possibilitar o aprofundamento do tema, pode contribuir para o resgate da valorização humana, desvendando entendimentos de fenômenos coletivos a partir de relatos de vivências e experiências pessoais. A sistematização de conhecimentos sobre esse método de pesquisa, escassos em termos de literatura aplicada à área da Administração, e a exploração de possibilidades de aplicação neste campo teórico podem contribuir para a realização de futuros estudos, envolvendo outras temáticas. Uma das limitações associadas ao uso do método é o tempo que requer a realização de uma série de entrevistas com cada profissional (ATKINSON, 2002). Isto dificulta também a concordância em participar da pesquisa, sobretudo no caso de gestores que, normalmente, possuem poucos horários disponíveis devido ao acúmulo de responsabilidades que assumem nas organizações.

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Biografia do Autor

Lisiane Quadrado Closs, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutora em Administração pelo Programa de Pós Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Estratégia e Inovação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

 

Claudia Simone Antonello, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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Publicado

2011-05-16

Edição

Seção

Gestão Humana e Social