Uma aproximação entre liderança transformacional e teoria da ação comunicativa
Palavras-chave:
Liderança transformacional, Liderança transacional, Dicotomia líder-gerente, Ação comunicativa, Racionalidade instrumentalResumo
Desde o trabalho seminal de Burns (1978) sobre liderança transformacional, muitos autores defendem que líderes são bem-sucedidos se não se comportam como gerentes. Longe de representar um argumento sem base teórica, defende-se que o modelo de liderança transformacional pode ser considerado a partir do ponto de vista de teorias sociais mais complexas como a Teoria da Ação Comunicativa, de Habermas. Essa é a proposta deste trabalho, que, considerando a dicotomia entre a ação estratégica e a ação comunicativa, observou os fundamentos ontológicos para a diferenciação entre gerentes e líderes transformacionais. Nesse sentido, reconhecemos que a Teoria da Ação Comunicativa provê análise crítica da liderança transformacional, pois permite uma melhor compreensão de alguns de seus elementos, ao mesmo tempo que questiona outros, provendo um entendimento menos ingênuo sobre o fenômeno da liderança, tal qual aquele apresentado pela visão gerencialista nos estudos da liderança. Uma dessas contribuições é a concepção da liderança transformacional como um fenômeno contextualizado pela liberdade do discurso, propiciando a ação comunicativa a partir de mecanismos organizacionais que são livres de constrangimentos à interação comunicativa, permitindo reciprocidade entre os agentes da liderança.
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