O valor simbólico do automóvel para o consumidor jovem a partir do fenômeno da economia compartilhada: ressignificando a mobilidade urbana

Autores

  • Emilly Ferreira Pires Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Felipe Miguel Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Fernanda de Souza Pelucio Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Sergio Silva Dantas Universidade Presbiteriana Mackenzie

Palavras-chave:

consumidor jovem, economia compartilhada, automóveis

Resumo

Este artigo teve por objetivo a identificação do valor simbólico do automóvel para o consumidor jovem a partir do fenômeno da economia compartilhada. Para a fundamentação teórica que embasa essa pesquisa foram estudados os temas cultura de consumo, características do consumidor jovem, economia compartilhada e teoria de valores. Como procedimento metodológico, foram coletados dados qualitativos a partir de entrevistas do tipo laddering, com jovens de dois perfis: proprietários de automóveis e usuários de serviços compartilhados. Analisando os resultados, percebeu-se que, especialmente entre os jovens que fazem uso de serviços compartilhados, o simbolismo do consumo está muito mais nas experiências do que na posse dos bens, isto é, o jovem está mais preocupado com o acesso a meios de transporte e experiências por eles proporcionadas do que com a posse de um automóvel próprio, o que pode ser relevante para as discussões sobre mobilidade urbana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Emilly Ferreira Pires, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Graduada em Administração na Universidade Presbiteriana Mackenzie

Felipe Miguel, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Graduado em Administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie

Fernanda de Souza Pelucio, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Graduada em Administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie

Sergio Silva Dantas, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Professor do Mestrado Profissional em Administração do Desenvolvimento de Negócios da Universidade Presbiteriana Mackenzie 

Referências

ALLEN, M. W. A practical method for uncovering the direct and indirect relationships between human values and consumer purchases. Journal of Consumer Marketing, v. 18, n. 2, p. 102-120, 2001.

ARNOULD, Eric J.; THOMPSON, Craig J. Consumer Culture Theory (CCT): Twenty Years of Research. Journal of Consumer Research, v. 31, nº. 4 , Mar.2005. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/pdf/10.1086/426626.pdf> Acesso em: 17 abr 2016.

BELK, R. W.. Why not share rather than own? Tha Annals of the American Academy of Political and Social Science. Vol. 611, n. 1, p. 126-140, 2007.

BOTSMAN, R; ROGERS, R. O que é meu é seu: como o consumo colaborativo vai mudar o nosso mundo. Porto Alegre: Ed. Bookman, 2010.

CALLIARI, Marcos; MOTA, Alfredo. Código Y: decifrando a geração que está mudando o país. São Paulo: Évora, 2012.

CLARO, J. A. C. S.; TORRES, M. O. F.; NASCIMENTO, J. B.; TINOCO, J. E. P. Estilo de Vida do Jovem da “Geração Y” e suas Perspectivas de Carreira, Renda e Consumo. In: Anais SEMEAD, 2010.

COUTINHO, M. O público convergente: o uso de internet entre os jovens brasileiros. Cadernos de pesquisa. v. 1, n.3, ESPM, 2005.

DANTAS, S.S.; MARTURANO, I. R. ; MELO, L. Z. ; CALIL, T. S. ; MARTINS, T. C. . Jovens de Baixa Renda: Aspirações de Consumo e Funk Ostentação. Revista da Faculdade de Administração e Economia - ReFAE, v. 9, p. 191-213, 2018.

DOUGLAS, Mary; ISHERWOOD, Baron. O mundo dos bens: para uma antropologia do consumo. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2006 [1979].

EARL, P. Experiential analysis of automotive consumption. Journal of Business Research, v.1, n.1, p. 1-6, 2011.

FARINA, E. M. M. Q.; AZEVEDO, P. F.; SAES, M.S.M.; Competitividade: Mercado, Estado e Organizações. São Paulo: Ed. Singular, 1997.

FEATHERSTONE, Mike. Cultura de Consumo e Pós-Modernismo. São Paulo: Studio Nobel, 2007.

GAIÃO, Brunno; SOUZA, Ildembergue; LEÃO, André. Consumer Culture Theory (CCT) já é uma escola de pensamento em Marketing? RAE, São Paulo, v. 52, nº3, p. 330 – 344, 2012.

GRUNERT, S. C.; JUHL, H. J. Values, environmental attitudes, and buying of organic foods. Journal of Economic Psychology, [S.l.], n. 16, p. 39-62, 1995.

GUESSER, Kelli. Ensaio sobre o consumismo simbólico e o consumo estético. Midiação, Toledo, v. 2, nº 2, p. 25 – 37, 2014.

HABIBI, M. R; DAVIDSON, A; LAROCHE, M. What managers should know about the sharing economy. Business Horizons, n. 60, p. 113 – 121, 2017.

IKEDA, Ana Akemi. VELUDO-DE-OLIVEIRA, Tânia Modesto. A teoria de meios-fim: uma aplicação em marketing educacional. Administração Mercadológica. BR, Belo Horizonte, v.5, nº1, p.11-25, 2006. Disponível em: <https://gvpesquisa.fgv.br/sites/gvpesquisa.fgv.br/files/arquivos/veludo_-_a_teoria_de_meios_fim_uma_aplicacao_em.pdf>. Acesso em 03 de março de 2022.

LEVY, S. J. Symbols for Sale. Harvard Business Review, v.37, p.117-124, (july-august) 1959. Disponível em: <https://www.uibk.ac.at/smt/ marketing/brandresearchlab2 /files/ symbolsforsale_levy .pdf >. Acesso em 10 de set de 2022.

LIMEIRA, Tania Maria Vidigal, Comportamento do consumidor brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2009.

LIPKIN, N.; PERRYMORE, A. A geração Y no trabalho: Como lidar com a força de trabalho que influenciará definitivamente a cultura da sua empresa. Rio de janeiro: Elsevier, 2010.

MCCRACKEN, Grant. “Culture and Consumption: A Theoretical Account of the Structure and Movement of the Cultural Meaning of Consumeer Goods,” Journal of Consumer Research, 13 (June), 71–84, 1986.

MCCRACKEN, Grant. Cultura e consumo: Novas abordagens ao caráter simbólico dos bens e das atividades de consumo. Rio de Janeiro: Mauad ,2003.

MCCRACKEN, Grant. Cultura e Consumo: uma explicação teórica da estrutura e do movimento do significado cultural dos bens de consumo. RAE, vol. 47, nº1, p. 99 – 115, 2007.

PINTO, M. R.; SANTOS, L.L.S. Em busca de uma trilha interpretativista para a pesquisa do consumidor: uma proposta baseada na Fenomenologia, na Etnografia e na Grounded Theory. In: XXXII Encontro Anual da ANPAD, 2008, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, 2008. p. 1-16.

REYNOLDS, T. J.; GUTMAN, J. Laddering theory, method, analysis, and interpretation. Journal of Advertising Research, v. 28, n. 1, p. 11-31, feb.-mar., 1988.

RICHINS, M. L. Valuing things: the public and private meaning of possessions. Journal of Consumer Research, Chicago, v.21, p. 504-521, Dec. 1994.

SANTOS, A. L. A geração Y nas organizações complexas: Um estudo exploratório sobre a gestão dos jovens nas empresas. 2011, 154p. Dissertação (Mestrado em Administração). Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade de São Paulo. São Paulo.

SCHWARTZ, S. H. Universals in the content and structure of values: theoretical advances and empirical tests in 20 countries. In: ZANNA, M. (Ed.). Advances in experimental social psychology. New York: Academic Press, 1992. v. 25, p. 1-65.

SCHWARTZ, S. H.; BILSKY, W. Toward a universal psychological structure of human values. Journal of Personality and Social Psychology, v. 53, p. 550-562, 1987.

SELLTIZ, C. et al. Métodos de pesquisa das relações sociais. São Paulo: EPU, 1974.

SILVEIRA, L. M; PETRINI, M; SANTOS, A. Z. Economia compartilhada e consumo colaborativo: o que estamos pesquisando? REGE - Revista de Gestão. 23, 4, 298 – 305, Oct. 2016.

STRAUSS, Anselm; COLBIN, Juliet. Pesquisa Quantitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. 2. ed.. Porto Alegre: Artmed, 2008.

SUAREZ, M.; CASOTTI, L.; CHAUVEL, M. Motivações e significados do abandono de categoria: aprendizados a partir da investigação com ex-fumantes e ex-proprietários de automóveis. Cadernos EBAPE.BR, v. 10, p. 411-434, 2012.

VILLANOVA, A; JOIA, L. A. Modelos de negócios na economia compartilhada: uma investigaçãoo multi caso. Rio de Janeiro, 2015. Dissertação (Mestrado) – Fundação Getúlio Vargas.

VRIENS, M.; HOFSTEDE, F. Linking attributes, benefits and consumer values: a powerful approach to market segmentation, brand positioning and advertising strategy. Marketing Research, 12, p.5-10, Fall 2000.

Downloads

Publicado

2024-09-13