Problemas Emocionais e Comportamentais em Irmãos de Indivíduos com TEA
Uma Proposta de Intervenção para Promoção de Saúde Mental
Palavras-chave:
Irmãos, Transtorno do Espectro Autista, Saúde Mental, Estudos de intervenção, Problemas emocionais e comportamentaisResumo
Irmãos típicos de indivíduos diagnosticados com transtorno do espectro autista (TEA) apresentam maior risco de desenvolver problemas emocionais e comportamentais (PEC). Não consta na literatura proposta de intervenção para PEC de indivíduos com irmãos diagnosticados com TEA, apesar de seu maior risco para problemas de saúde mental. Eis os objetivos deste estudo: 1. avaliar PEC em irmãos típicos de indivíduos com TEA e comparar o relato com a versão dos pais e/ou cuidadores; 2. implementar uma intervenção de psicoeducação nos irmãos para promoção de saúde mental. A amostra será de 30 irmãos típicos, entre 11 e 16 anos, de indivíduos diagnosticados com TEA e seus respectivos pais e/ou cuidadores. Serão utilizados os instrumentos do Sistema Aseba, sendo o Youth Self Report/11-18 (YSR) para autorrelato e o Child Behaviour Checklist/6-18 (CBCL) para relato dos pais. Este estudo parte do pressuposto de que há altos níveis de PEC pré-intervenção, uma discordância entre pais e filhos quanto aos PEC dos adolescentes, além de uma correlação positiva de aumento dos PEC e um maior comprometimento dos irmãos com TEA. Após a intervenção, espera-se uma melhora nos PEC. Neste estudo, serão realizadas duas avaliações: uma pré--intervenção com YSR e CBCL e outra na pós-intervenção com esses instrumentos. A intervenção a ser realizada com os irmãos típicos consistirá em 24 sessões semanais de 50 minutos cada, em grupo, com duração total de seis meses. Eis a proposta da intervenção: sessões 1 e 2: contrato, acolhimento e estabelecimento de vínculo; sessões 3 a 10: psicoeducação sobre depressão e ansiedade (caracterização do quadro clínico), e a importância de buscar ajuda; sessões 11 a 13: relatos de experiência (comunicar preocupações); sessões 14 a 16: psicoeducação de competências de enfrentamento; sessões 17 a 19: estratégias de promoção de saúde mental e qualidade de vida; sessões 20 e 21: retomar psicoeducação de competências de enfrentamento; sessões 22 e 23: promoção de cartilhas de competências de enfrentamento; sessão 24: encerramento e feedback dos participantes. Ao final da intervenção, espera-se uma diminuição nos escores dos PEC dos irmãos típicos.
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