Engajamento social como princípio para criação de Comitê de Sub-Bacias Hidrográficas e Integração Institucional de Planejamento da Água
as práticas comunitárias sensíveis à água da Serrinha do Paranoá (DF)
DOI:
https://doi.org/10.5935/cadernospos.v.23n.2p262-277Palavras-chave:
Engajamento, Planejamento, Comunidade, Sensível, ÁguaResumo
Este trabalho propõe apresentar caminhos para estreitar as relações entre a comunidade socialmente engajada e as instituições de planejamento da água. Nesse sentido, entende-se que a participação social não está plenamente inserida no planejamento territorial e hídrico e estes, por sua vez, mantêm essa estrutura departamentalizada, facilitando a implantação de modelos de planejamento urbano e rural descompromissados com as realidades sociais e ambientais. A partir do modelo de planejamento sensível à água e do princípio de comunidades sensíveis à água, depreendemos a necessidade da formação de um capital sociopolítico dentro de uma estrutura de planejamento participativa e institucionalmente integrada com atores conectados ao território com poder de decisão. Fundamentados no conceito de práxis territorial no qual o engajamento social é compreendido enquanto expressão transformadora da territorialidade, reconhecemos as comunidades dos núcleos rurais da Serrinha do Paranoá como um corpo sociopolítico engajado em defesa das águas por meio da descrição analítica do seu histórico de engajamento social em quatro fases. Neste estudo, verificou-se que essa comunidade demonstrou comprometimento por assumir as funções de um comitê de sub-bacia hidrográfica pela sua atuação pautada nas reivindicações socioambientais e políticas.
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