Desenho, Estética e Anestesia (Do Corpo pela Arquitectura Contemporânea)

Resumo

As coisas mostram-se através de juízos, e fora da percepção não há consciência alguma do mundo dos objectos. Dado essa peculiaridade do saber o mundo, apesar de parecer ser o mesmo para todos, mostra-se diferentemente conforme o grau de diferenciação alcançado no olhar e o grau de concatenação conseguido através da aplicação dos conceitos como regularidades ordenadoras da multiplicidade manifesta aos sentidos. Através do acto cognitivo subjacente ao desenho, o arquitecto insere-se no contexto da realidade porque essa não é um pressuposto inalcançável, mas sim o resultado de uma dinâmica constitutiva que se renova a cada instante . Nessa inserção, esse homem não engendra apenas os conteúdos conceptuais da sua consciência, mas também a si mesmo como ser cognoscente.