Do Piketty de “O Capital no Século XXI” ao de “Capital e Ideologia”: em busca de uma proposta unificada de medidas de políticas públicas voltadas para a redução da desigualdade
Palavras-chave:
Desigualdade, Progressividade tributária, Eficiência, PikettyResumo
Este artigo procura comparar os dois grandes livros de Piketty (2014 e 2020) sobre a questão da desigualdade, buscando captar mudanças no seu pensamento sobre o tema, especificamente no que se refere à proposição de políticas públicas. Embora ambas as obras sejam conhecidas pela proposta de forte aumento da progressividade na cobrança de três tipos de imposto (herança, renda e sobre o capital), não é difícil encontrar também claros elementos de ruptura, principalmente quando o autor propõe a racionalização de vários tipos de gastos públicos que impactam a desigualdade (saúde, educação, etc.), presentes no primeiro livro, o que desaparece completamente na obra posterior. Apesar das diferenças constatadas, este artigo busca contribuir para o debate propondo uma análise conjunta das propostas de Piketty, que concilie a busca da eficiência do gasto público presente no primeiro livro com o escopo mais amplo de medidas do segundo (renda básica, imposto sobre carbono, etc.), sempre a partir de uma visão geral do orçamento público. A partir deste quadro geral de propostas, considera-se que o autor, além de referência obrigatória no debate teórico e analítico sobre desigualdade, possa também ser mais reconhecido pela contribuição na discussão sobre políticas públicas, inclusive ao incorporar contribuições relevantes de outros autores.
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