A ECONOMIA BRASILEIRA SOB O ENFOQUE DA TEORIA AUSTRÍACA DOS CICLOS ECONÔMICOS (2004 A 2019)
Résumé
O objetivo desse trabalho é analisar como a Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos explica os efeitos das mudanças na oferta de moeda pelo Banco Central sobre a estrutura intertemporal de produção da economia brasileira entre os anos de 2004 e 2019. A Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos é a teoria do boom insustentável. A expansão artificial da moeda e do crédito conduzida pelo banco central distorce as taxas de juros e estimula a má alocação intertemporal de capital, promovendo assim uma expansão artificial da economia. Sendo a autoridade monetária forçada a restringir a política monetária devido à pressão inflacionária causada pela restrição geral de recursos, revela-se o processo de má alocação de capital. Foi utilizado modelagem econométrica para auxiliar nos resultados, especificamente o teste de não-causalidade de Granger sugerido por Toda e Yamamoto (1995). Os resultados encontrados apoiam a teoria dos ciclos econômicos de Mises e Hayek. De acordo com os dados, existem evidências que a manipulação da oferta de moeda e crédito afeta diretamente a estrutura de produção da economia, além da produção industrial agregada, do produto interno bruto e do nível de utilização da capacidade instalada.
Palavras-chave: Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos; Ciclo econômico; Expansão artificial da moeda e do crédito; Estrutura intertemporal de produção; Má alocação de capital.
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