O efeito da pandemia de COVID-19 na volatilidade do Ibovespa: uma análise empírica com modelos ARCH

Autores

  • Arthur Henrique Pinheiro Néo Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa)
  • Fabio Lucio Rodrigues Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Palavras-chave:

Análise de Volatilidade, Choques de Mercado, Ibovespa, Pandemia de COVID-19, Volatilidade Condicional

Resumo

Como a pandemia de COVID-19 influenciou a volatilidade dos retornos do Ibovespa em seus diferentes períodos? Para responder a essa questão, este estudo teve como objetivo investigar os efeitos de reação, persistência, alavancagem e assimetria na volatilidade dos retornos do Ibovespa, utilizando modelos de volatilidade condicional. Com dados diários do índice entre 2018 e 2023, a análise foi segmentada em quatro fases: pré-pandemia, primeiro e segundo ano da pandemia e pós-pandemia. Os resultados indicam que, no início da pandemia, o mercado demonstrou alta sensibilidade a choques negativos, enquanto o efeito de persistência na volatilidade foi mais acentuado no período pós-pandemia. A análise revela que momentos de crise aumentam a volatilidade e intensificam a reação negativa do mercado a choques adversos, apoiando estratégias no mercado financeiro voltadas à gestão de risco e mitigação de perdas em cenários de incerteza.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Arthur Henrique Pinheiro Néo, Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa)

Bacharel em Ciências Econômicas pela UERN. Pós-graduando em Gestão Financeira: Controladoria, Auditória e Compliance pela FGV. Presidente da Liga de Investimentos InvestLab da UFERSA. Consultor econômico-financeiro.

Referências

Arévalo, J. L. S., Andrade, A. M. F., & Vendramin, E. O. (2023). Ibovespa's response to the behavior of oil and ore prices during the international crisis caused by COVID-19. Revista Finanzas y Política Económica, 15(1), 21-43. DOI: 0.14718/revfinanzpolitecon.v15.n1.2023.2.

Assaf Neto, A. (2021). Mercado Financeiro. São Paulo: Atlas.

B3. (2021). Histórico de adequações metodológicas dos índices. São Paulo: B3. Disponível em https://www.b3.com.br/data/files/6A/D6/BE/66/AC2238101E311E28AC094EA8/PT%20Historico-das-Adequacoes-Metodologicas%20Port%20Ago172022.pdf. Acesso em 21 de maio de 2024.

Bekaert, G., & Harvey, C. R. (2000). Foreign speculators and emerging equity markets. The Journal of Finance, 55(2), 565-613. DOI: 10.1111/0022-1082.00220.

Bhuyan, R., Lin, E. C., & Ricci, P. F. (2010). Asian stock markets and the severe acute respiratory syndrome (SARS) epidemic: Implications for health risk management. International Journal of Environment and Health, 4(1), 40-56. DOI: 10.1504/IJEnvH.2010.033033.

Bueno, R. D. L. S. (2011). Econometria de Séries Temporais. 2 ed. São Paulo: Cengage Learning.

Castro, F. H., Eid Junior, W., Santana, V. F., & Yoshinaga, C. E. (2019). Fifty-year History of the Ibovespa. Brazilian Review of Finance, 17(3), 47-65. DOI: 10.12660/rbfin.v17n3.2019.80028.

David, S. A., Inácio Júnior, C. M., & Machado, J. A. T. (2021). The recovery of global stock markets indices after impacts due to pandemics. Research in International Business and Finance, 55, 101335. DOI: 10.1016/j.ribaf.2020.101335.

Engle, R. F. (1982). Autoregressive conditional heteroscedasticity with estimates of the variance of United Kingdom Inflation. Econometrica, 50(4), 987-1007. DOI: 10.2307/1912773.

Fortuna, E. (2019). Mercado Financeiro: produtos e serviços. 17ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier.

Levine, R., & Zervos, S. (1998). Stock markets, banks, and economic growth. The American Economic Review, 88(3), 537–558. http://www.jstor.org/stable/116848.

Lima, E., Beiruth, A., & Martinez, A. L. (2021). Financial Cooperatives and Commercial Banks Differences before and after the 2014–2016 Brazilian Economic Crisis. Available at SSRN 3895987. DOI: 10.2139/ssrn.3895987.

Maciel, L., Silveira, R. L. F. D., Luna, I., & Ballini, R. (2012). Impacto dos contratos futuros do Ibovespa na volatilidade dos índices de ações no Brasil: uma análise na crise do subprime. Estudos Econômicos (São Paulo), 42, 801-825.

Porsse, A. A., Souza, K. B., Carvalho, T. S., & Vale, V. A. (2020). The economic impacts of COVID‐19 in Brazil based on an interregional CGE approach. Regional Science Policy & Practice, 12(6), 1105-1122. DOI: 10.1111/rsp3.12354.

Rodrigues, F. L. (2020). Alavancagens e assimetrias da volatilidade dos preços do café no mercado brasileiro: uma análise empírica. Revista Conhecimento Contábil, 10(1). DOI: 10.31864/rcc.v10i01.1921.

Ross, S. A., Westerfield, R. W., Jaffe, J., & Lamb, R. (2015). Administração Financeira. 10 ed. Porto Alegre: AMGH Editora.

Silva, C. A. G. (2020). Impacts of covid-19 pandemic and persistence of volatility in the returns of the Brazilian stock exchange: an application of the Markov regime switching GARCH (MRS-GARCH) model. International Journal of Applied Economics, Finance and Accounting, 8(2), 62-72. DOI: 10.33094/8.2017.2020.82.62.72.

Tsay, R. S. (2005). Analysis of financial time series. John Eiley and Sons.

Downloads

Publicado

2025-06-26

Como Citar

Pinheiro Néo, A. H., & Rodrigues , F. L. (2025). O efeito da pandemia de COVID-19 na volatilidade do Ibovespa: uma análise empírica com modelos ARCH. Revista De Economia Mackenzie, 22(1), 162–190. Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/rem/article/view/17518