Private Label: o potencial impacto no mercado de medicamentos no Brasil
Resumo
O objetivo do presente artigo é discutir como a liberação de private label alteraria a dinâmica da indústria com a, eventual, concentração o poder do varejista no mercado de medicamentos. Para tanto, serão levantados aspectos teóricos importantes, fundamentados, por exemplo, na teoria de Michael Porter (Cinco Forças Competitivas e Cadeia de Valor). Como resultado do estudo, percebe-se que as marcas próprias podem obter condições contratuais mais favoráveis dos fabricantes, aumentando suas quotas de mercado em detrimento da concorrência e do próprio consumidor. Embora o estudo apresente elementos importantes para a discussão, faz-se necessário ampliar a discussão quanto a ligação entre marcas próprias e o poder de compra abusivo, as tendências observadas, nos casos analisados, justificam a preocupação com prováveis efeitos anticompetitivos, em especial no mercado brasileiro medicamentos.
Downloads
Referências
A Painful Pill to Swallow: U.S. vs. International Prescription Drug Prices. (2021, September). House Committee on Ways and Means; United States House of Representatives. https://www.cusd.com/Downloads/EBC_013020_US_v_Int_RX_Drug_Prices.pdf
Aaker, D. A. (2007). Como construir marcas líderes. Porto Alegre: Bookman
Anis, A. H., & Harvard, S. (2015). A Ban on “Private Label” Generic Pharmaceuticals: Legal and Economic Context. International Journal of the Economics of Business, 22(2), 219-229.
ASEA. (2011). Produtos de marca Branca/produtos nacionais. https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/conselhos-praticos-para-os-consumidores/-produtos-de-marca-branca--produtos-nacionais.aspx
Bontemps, C., Orozco, V., & Réquillart, V. (2008). Private labels, national brands and food prices. Review of Industrial Organization, 33, 1-22.
Brennan, T., Ernst, P., Katz, J., & Roth, E. (2020). Building an R&D strategy for modern times | McKinsey. McKinsey & Company; McKinsey & Company. https://www.mckinsey.com/business-functions/strategy-and-corporate-finance/our-insights/building-an-r-and-d-strategy-for-modern-times
Bronnenberg, B. J., Dubé, J. P., Gentzkow, M., & Shapiro, J. M. (2015). Do pharmacists buy Bayer? Informed shoppers and the brand premium. The Quarterly Journal of Economics, 130(4), 1669-1726.
Costa Lima, J. G. C. (2014) Marcas próprias varejistas x marcas próprias fantasias: um estudo de caso na Pague Menos. 2014. 52 f. TCC (mestrado em Administração) - Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade, Fortaleza-CE.
Cotterill, R. W., Putsis, Jr, W. P., & Dhar, R. (2000). Assessing the competitive interaction between private labels and national brands. The Journal of Business, 73(1), 109-137.
CRFMT. Conselho Regional de Farmácia do Estado de Mato Grosso. MIPs já representam 31% do mercado farmacêutico. 2019. https://www.crfmt.org.br/mips-ja-representam-31-do-mercado-farmaceutico/
Dobson, P., & Chakraborty, R. (2015). Assessing Brand and Private Label Competition. European Competition Law Review, 36(2), 76-81.
Dubé, J. P., Hitsch, G. J., & Rossi, P. E. (2018). Income and wealth effects on private-label demand: Evidence from the great recession. Marketing Science, 37(1), 22-53.
FDA. (2022). Food and Drug Administration. Drug Application Process for Nonprescription Drugs. https://www.fda.gov/drugs/types-applications/drug-applications-over-counter-otc-drugs
Gary, M., & Grimmer, L. (2018). Private label products are taking over supermarket shelves. Marketing Magazine. https://www.marketingmag.com.au/hubs-c/opinion-theconversation-private-label/
Goldszmidt, R. B., Buttendorf, A. R., Schuldt Filho, G., Souza Jr, J. M., & Bianchini, M. A. (2019). The impact of generic labels on the consumption of and adherence to medication: a randomized controlled trial. European Journal of Public Health, 29(1), 12-17.
Hidalgo Campos, P., & Farías Nazel, P. (2006). Analizando la compra de marcas privadas: evidência empírica desde Chile. Estudios gerenciales, 22(101), 85-100.
Hoch, S.J. (1996), How should national brands think about private labels”, MIT Sloan Management Review, 37(2), 89-102.
Kesselheim, A. S., Avorn, J., & Sarpatwari, A. (2016). The high cost of prescription drugs in the United States: origins and prospects for reform. Jama, 316(8), 858-871.
Kotler, P.; Armstrong, G. (2007). Princípios de Marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Labels. International Journal of Humanities and Social Science Vol. 1 No. 2.
Laboissière, P. (2018). Genéricos e similares ocupam 65% do mercado nacional, diz Anvisa. https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2018-11/genericos-e-similares-ocupam-65-do-mercado-nacional-diz-anvisa
Mikulic, M. (2022a) OTC drug U.S. retail revenue 1965-2020. Statista. Statista. https://www.statista.com/statistics/307237/otc-sales-in-theus/
Mikulic, M. (2022b). Global pharmaceutical sales by market 2017-2020 | Statista. Statista. https://www.statista.com/statistics/272181/world-pharmaceutical-sales-by-region/
Mortimer, G., & Grimmer, L. (2018). Love them or loathe them, private label products are taking over supermarket shelves. The Conversation, 19.
Mulcahy, A. W., Whaley, C. M., Gizaw, M., Schwam D., Edenfield, N., & Becerra-Ornelas, A. U., International Prescription Drug Price Comparisons: Current Empirical Estimates and Comparisons with Previous Studies. Santa Monica, CA: RAND Corporation, 2021. https://www.rand.org/pubs/research_reports/RR2956.html
Perez, C. (2004). Signos da marca: expressividade e sensorialidade. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
Porter, M. (1979). How Competitive Forces Shape Strategy. Harvard Business Review. https://hbr.org/1979/03/how-competitive-forces-shape-strategy
Porter, M. (1985). Competitive Advantage: Creating and Sustaining Superior Performance. NY: Free Press.
Qato, D. M., Alexander, G. C., Chakraborty, A., Guadamuz, J. S., & Jackson, J. W. (2019). Association between pharmacy closures and adherence to cardiovascular medications among older US adults. JAMA network open, 2(4), e192606-e192606.
Qato, D. M., Daviglus, M. L., Wilder, J., Lee, T., Qato, D., & Lambert, B. (2014). ‘Pharmacy deserts’ are prevalent in Chicago’s predominantly minority communities, raising medication access concerns. Health Affairs, 33(11), 1958-1965.
Redman, R. (2021). PLMA: Private brands uphold market share despite pandemic | Supermarket News. Supermarket News; Supermarket News. https://www.supermarketnews.com/private-label/plma-private-brands-uphold-market-share-despite-pandemic
Salop, S. (1977). The noisy monopolist: Imperfect information, price dispersion and price discrimination. The Review of Economic Studies, 44(3), 393-406.
Shoppers Drug Mart Inc. v. Ontario. 2011. ONSC 615 (CanLII). http://canlii.ca/t/2flpf
Steiner, R. L. (2004). The Nature and Benefits of National Brand/Private Label Competition. Review of Industrial Organization, 24(2), 105–127.
TITO, Karenina Carvalho. Marca do distribuidor (private label) e a defesa do consumidor. 2015. Universidade de Coimbra. Dissertação de Mestrado.
Vargas-Hernández, G e Noruzi, M (2011) A Study on Different Perspectives on Private
Vito, P. (2021). 5 Maiores Redes de Farmácia do Brasil em 2020 – Elllo Varejo. https://ellovarejo.com.br/blog/5-maiores-redes-farmacia-brasil-2020/
Yamaguti, M., Muller, E. E., Piffer, A. I., Kich, J. D., Klein, C. S., & Kuchiishi, S. S. (2008). Detection of Mycoplasma hyopneumoniae by polymerase chain reaction in swine presenting respiratory problems. Brazilian Journal of Microbiology, 39, 471-476.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Ronaldo Raemy Rangel, Luan Vinicius Bernardelli, Paulo Rogério Alves Brene

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista de Economia Mackenzie pertencem aos autores, que concedem à Universidade Presbiteriana Mackenzie os direitos exclusivos de publicação do conteúdo. É vedada sua reprodução total ou parcial sem a devida autorização da Comissão Editorial, exceto quando previamente autorizado.