Valorização dos Bens Culturais: uma interpretação através da hipótese autorreferencial de Keynes

Autores

  • Diego Gonçalves Favorato Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo)
  • Filipe de Castro Vieira UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
  • Arthur Osvaldo Colombo UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Palavras-chave:

Bens Culturais. Economia da Cultura. Habitus. Hipótese autorreferencial. Valor.

Resumo

O objetivo deste artigo é levantar uma interpretação para a determinação do valor dos bens culturais. A teoria do valor sempre buscou determinar o que definiria o valor de um bem. Grosso modo, para os clássicos, o valor é proveniente do trabalho, enquanto que para os neoclássicos o valor é adquirido através da utilidade. Porém, um quadro, por exemplo, não tem seu valor determinado pelo tempo de trabalho inserido em sua produção e também não é um bem homogêneo para ter seu valor determinado através da utilidade. Desta forma, foi concluído que bens culturais adquirem uma dimensão simbólica que está ligada ao habitus de classe, através de construções sociais e o valor destes bens pode ser determinado pela hipótese autorreferencial: será referendado pelas convenções sociais do próprio mercado, ou seja, o valor de um bem cultural é definido dentro do próprio campo de produção e tem por característica a aleatoriedade.

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Biografia do Autor

Diego Gonçalves Favorato, Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo)

Mestre em Economia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), bolsista - Capes. Graduado em Economia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Foi bolsista de Iniciação Científica Capes/CNPq. Foi integrante do grupo de pesquisa no CNPq- LPDT- Laboratório de Pesquisa em Desenvolvimento territorial/UFRRJ. Atualmente está como Analista de Inteligência de Mercado - Business Intelligence, com grande experiência em análise de dados estatísticos e no software TABLEAU.

Filipe de Castro Vieira, UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Indústria e da Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGE/UFRJ). Possui graduação em Economia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e mestrado em Economia pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal Fluminense (PPGE/UFF). É membro do Núcleo de Estudos em Economia e Sociedade Brasileira (NEB/UFF) e do Observatório do Sistema Financeiro (OSF/UFRJ). Atua nas áreas: Financiamento do Desenvolvimento e Sistema Financeiro e Bancário.

Arthur Osvaldo Colombo, UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Doutorando em Economia pelo programa de pós-graduação em Economia da Indústria e Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Economia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Graduado em Economia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Foi bolsista de Iniciação Científica pelo Programa Bolsa a Iniciação Científica e Tecnológica Institucional - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (PIBIC-FAPEMIG). Foi bolsista durante o mestrado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).Tem como principal linha de pesquisa a área de Indústria e Inovação, atuando especialmente na temática da desindustrialização no Brasil.

Referências

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Publicado

2021-12-14

Como Citar

Favorato, D. G., Vieira, F. de C., & Colombo, A. O. (2021). Valorização dos Bens Culturais: uma interpretação através da hipótese autorreferencial de Keynes. Revista De Economia Mackenzie, 18(2), 193–210. Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/rem/article/view/14373

Edição

Seção

Artigos