Valorização dos Bens Culturais: uma interpretação através da hipótese autorreferencial de Keynes
Palavras-chave:
Bens Culturais. Economia da Cultura. Habitus. Hipótese autorreferencial. Valor.Resumo
O objetivo deste artigo é levantar uma interpretação para a determinação do valor dos bens culturais. A teoria do valor sempre buscou determinar o que definiria o valor de um bem. Grosso modo, para os clássicos, o valor é proveniente do trabalho, enquanto que para os neoclássicos o valor é adquirido através da utilidade. Porém, um quadro, por exemplo, não tem seu valor determinado pelo tempo de trabalho inserido em sua produção e também não é um bem homogêneo para ter seu valor determinado através da utilidade. Desta forma, foi concluído que bens culturais adquirem uma dimensão simbólica que está ligada ao habitus de classe, através de construções sociais e o valor destes bens pode ser determinado pela hipótese autorreferencial: será referendado pelas convenções sociais do próprio mercado, ou seja, o valor de um bem cultural é definido dentro do próprio campo de produção e tem por característica a aleatoriedade.
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