A DINÂMICA PÓS-KEYNESIANA DA TAXA DE CÂMBIO BRASILEIRA: UM ESTUDO SOBRE A APLICABILIDADE DO MODELO MENTAL NO BRASIL ENTRE 2001 E 2018

Autores

  • Paloma Almeida Silva Universidade Estadual de Campinas
  • Eduardo Strachman Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP- FCLar)

Palavras-chave:

Expectativas, Abordagem Pós-keynesiana, Taxa de Câmbio, Modelo Mental

Resumo

O presente artigo tem como objetivo principal verificar a aplicabilidade do modelo mental sobre a taxa de câmbio do Brasil, entre os anos de 2001-2018. O modelo mental foi desenvolvido em 2009 pelo expoente economista Pós-Keynesiano Americano Jhon Harvey, para mapear e estruturar as expectativas dos agentes frente o mercado cambial, que segundo ele corresponde a um elemento relevante na determinação e dinâmica da taxa de câmbio. Diante disso, a metodologia utilizada nessa pesquisa consiste na aplicação do modelo mental, com auxílio da estatística descritiva e de cálculo simples comparativo. Os resultados alcançados neste estudo indicam que a teoria pós-keynesiana guarda uma relação relevante com a dinâmica da taxa de câmbio nominal brasileira. Contudo, os mesmos resultados inviabilizam a afirmação precisa sobre a aplicabilidade do modelo mental, uma vez que algumas das variáveis apontadas como determinantes não apresentaram relevância sobre a taxa de câmbio nominal em parte do período estudado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eduardo Strachman, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP- FCLar)

[1] Professor Adjunto (Livre-Docente, 2012) Nível III, na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP- FCLar). E-mail: eduardo.strachman@unesp.br

Referências

AGLIETTA, M. Macroeconomia financeira – I. Mercado financeiro, crescimento e ciclos, São Paulo: Loyola, 2001.
AMADO, A. Controle de capitais e instabilidade financeira: uma abordagem pós-keynesiana. In: SICSÚ, J. FILHO, F.F. Câmbio e controles de capitais: avaliando a eficiência de modelos macroeconômicos. Rio de Janeiro: Elsevier, cap. 4, p. 86-104, 2006.
ANDRADE, R.; PRATES, D. M. Dinâmica da taxa de câmbio em uma economia monetária periférica: uma abordagem Keynesiana. Nova Economia, v. 22, p. 235-257, 2012.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Capitais Internacionais e Mercado de Câmbio no Brasil. BCB: Brasília. Outubro, p.1-5, 2015. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/content/estabilidadefinanceira/Documents/Politica%20cambial/texto_tecnico/Capitais_Internacionais_Mercado_Cambio_Brasil.pdf.
_______________. O mercado de câmbio brasileiro e o desenvolvimento do mercado de derivativos cambiais. Estudo Especial: Brasília, nº 41, p.1-7, 2018. Disponível em: < https://www.bcb.gov.br/conteudo/relatorioinflacao/EstudosEspeciais/EE41_O_mercado_de_cambio_brasileiro_e_o_desenvolvimento_do_mercado_de_derivativos_cambiais.pdf>.
BASTOS, E. K.X; FONTES, P. V. da S.; Mercado de câmbio brasileiro, intervenções do banco central e controles de capitais de 1999 a 2012. Brasília, 2014. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1934.pdf
BELLUZZO, L.G. Assimetrias do sistema monetário. Valor Econômico, 2018. Disponível em: https://www.pressreader.com/brazil/valorecon%C3%B4mico/20180904/281758450168338.
CARNEIRO, R. M. Globalização financeira e inserção periférica. Economia e Sociedade, Campinas, n. 13, p.58-92, 1999.
DAVIDSON, P. Post keynesian macroeconomic theory. Aldershot: Edward Elgar, 1994.
DEQUECH, D. Incerteza Num Sentido Forte: Significado e Fontes. In: LIMA, G. T.; SICSÚ, J.; PAULA, L. F. de. (Org.). Macroeconomia Moderna: Keynes e a Economia Contemporânea. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
DORNBUSCH, R. Expectations and exchange rate dynamics. Journal of Political Economy, University of Chicago, v. 84, n. 6, p. 1161-1176, 1976.
FAZANO, R. G. Dinâmica da Taxa de Câmbio: uma interpretação pós-keynesiana da experiência brasileira no período 1999 a 2012. Dissertação (Mestrado em Economia) - Universidade Federal De Uberlândia, Uberlândia- MG, 2013.
FILHO, F. F; ARAUJO, J, P de. Caos, incerteza e teoria pós-keynesiana. Ensaios FEE, Porto Alegre, v.21, n.2, p. 163-182, 2000.
FRITZ, B.; PAULA, L. F.; PRATES, D. M. Hierarquia de moedas e redução da autonomia de política econômica em economias periféricas emergentes: uma análise Keynesiano-estruturalista. In: FERRARI-FILHO, F.; TERRA F. H. B. (Org.). Keynes: Ensaios sobre os 80 Anos da Teoria Geral. Porto Alegre, Brasil: Tomo, pp. 177-202, 2016. Disponível em: http://www.luizfernandodepaula.com.br/ups/hierarquia-de-moedas-e-reducao-da-autonomia-de-politica-economica.pdf
HARVEY, J. T. Exchange rates: Volatility and misalignment in the post-Bretton Woods Era. In: DEPREZ, J.; HARVEY, J. T. (Eds.). Foundations of International Economics: Post Keynesian perspectives. London: Routledge, cap. 8, 1999.
___________. Post keynesian versus neoclassical explanations of exchange rate movements: a short look at the long run. Journal of Post Keynesian Economics, v. 28, n. 2, 2005.
____________. Currency market participants' mental model and the collapse of the dollar: 20012008. Journal of Economic Issues, v. 43, n. 4, 2009.
_____________. Currencies, capital flows and crises – A post keynesian analysis of exchange rate determination. Nova York: Routledge, 2009a.
KALTENBRUNNER, A. Currency internationalization and exchange rate dynamics in emerging markets: a post Keynesian analysis of Brazil. PhD Thesis, Department of Economics School of Oriental and African Studies - SOAS, University of London, 2011.
KEYNES, J.M. The general theory and after: defense and development. London: Macmillan. The collected writings of John Maynard Keynes. v.14, 1973c.
____________. A teoria geral do emprego, dos juros e da moeda. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 1982.
LUCARELL, S. Towards a post-keynesian exchange rate modeling. Università di Bergamo, S/N. Disponível em: http://wwwdata.unibg.it/dati/corsi/910003/51123-IME%20fourth%20week%20(Prof.%20Lucarelli%20Lectures%207%20and%208).pdf.
MORAES, L. A de. Taxa de câmbio: uma abordagem integrada: teoria e história econômica. Dissertação (Mestrado em Economia) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras, Araraquara- SP, 2012.
PRATES, D. M. Crises financeiras nos países “emergentes”: uma interpretação heterodoxa. Tese (Doutorado) –Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Economia, Campinas- SP, 2002.
_____________. O regime cambial brasileiro de 1999 a 2008. CEPAL, Textos para Discussão nº 12, 2010.
_____________. O regime de câmbio flutuante no Brasil: 1999 – 2012: especificidades e dilemas. Brasília: IPEA, 2015. Disponível em: < http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3901/1/O%20regime%20de%20c%C3%A2mbio%20flutuante%20no%20Brasil_1999-2012.pdf>.
ROSSI, P. L. O mercado internacional de moedas, o carry trade e as taxas de câmbio. Observatório da Economia Global, n. 5, outubro, 2010.
__________. Taxa de câmbio no Brasil: dinâmicas da especulação e da arbitragem. Tese (Doutorado em economia) - Universidade Estadual de Campinas: Instituto de Economia, Campinas- SP, 2012. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/286016.
VASCONCELOS, M. R.; STRACHMAN, E.; FUCIDJI, J. R. O Realismo Crítico e as Controvérsias Metodológicas Contemporâneas em Economia. Estudos Econômicos, São Paulo, Universidade de São Paulo, v. 29, n. 3, p. 415-445, jun./set., (1999).

Downloads

Publicado

2021-12-14

Como Citar

Almeida Silva, P., & Strachman, E. . (2021). A DINÂMICA PÓS-KEYNESIANA DA TAXA DE CÂMBIO BRASILEIRA: UM ESTUDO SOBRE A APLICABILIDADE DO MODELO MENTAL NO BRASIL ENTRE 2001 E 2018. Revista De Economia Mackenzie, 18(2), 159–192. Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/rem/article/view/14366

Edição

Seção

Artigos