Influência da Fisioterapia Aquática na Função Motora Grossa de Indivíduos com Paralisia Cerebral: Revisão Sistemática

Resumo

A paralisia cerebral (PC) trata-se de um grupo de desordens não progressivas do desenvolvimento, decorrentes de uma lesão no encéfalo imaturo, repercutindo em limitações funcionais. Distúrbios de movimento podem ser acompanhados por alterações sensoriais, perceptuais, cognitivas, comunicacionais e comportamentais. Para a reabilitação desses indivíduos, a fisioterapia aquática é amplamente utilizada. Dessa forma, o objetivo desta revisão é investigar a qualidade dos estudos e a influência da fisioterapia aquática em indivíduos com PC. As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), MedLine, Scientific Electronic Library Online (Scielo), Physiotherapy Evidence Database (PEDro) e Biblioteca Virtual em Saúde com base no acrônimo “Pico”. Os critérios de inclusão foram intervenção da fisioterapia aquática em crianças e/ou adolescentes com PC; estudos clínicos controlados e não controlados; estudos clínicos randomizados e não randomizados – duplos-cegos ou não. Excluíram-se estudos com populações mistas e outros diagnósticos, adultos, estudos do tipo revisões sistemáticas com ou sem metanálise, relato de casos, série de casos e com outro tipo de desfecho que não seja a função motora. A avaliação metodológica foi realizada por meio da escala PEDro. Identificaram-se, então, 43 estudos nas buscas. Desses, 37 foram excluídos após leitura de título, resumo e métodos, sendo o motivo, em sua maioria, desfechos ou população distintos, resultando em seis estudos elegíveis. Como conclusão, obtivemos que as evidências sobre a fisioterapia aquática em indivíduos com PC são limitadas. Ainda assim, essa terapia é viável e os efeitos adversos são mínimos. Mais pesquisas são necessárias para determinar a eficácia da fisioterapia aquática nessa população nos diferentes níveis do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS).