Dependência de crianças com paralisia cerebral e qualidade de vida de suas mães

Autores

  • Thaís Nunes de Oliveira Morbeck
  • Leonardo Madeira Pereira
  • Elisângela Andrade Assis-Madeira

Resumo

O tratamento da criança com Paralisia Cerebral (PC) focaliza a doença em si, deixando a saúde física e emocional da mãe, por vezes, esquecida, ficando para esta a função de executora das recomendações dos profissionais. O objetivo do presente trabalho foi verificar a relação entre as habilidades funcionais e dependência das crianças com PC com a qualidade de vida (QV) das mães. Trata-se de um estudo descritivo, observacional de corte transversal, de caráter quantitativo. Foram selecionadas 20 crianças com diagnóstico clínico de PC (1-8 anos), 20 crianças com desenvolvimento típico (2 a 5 anos) e suas respectivas mães, de uma amostra de conveniência, com idade entre 1 a 8 anos. O desempenho funcional (habilidades funcionais e dependência) foi avaliado através do Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade - PEDI e a qualidade de vida das mães avaliada pelo SF-36. Foi encontrada uma correlação significativa entre a dependência no autocuidado da criança com PC e o domínio dor da QV de suas mães. Do mesmo modo, houve correlação significativa entre a dependência na mobilidade das crianças com PC e os aspectos emocionais da QV de suas mães. Na comparação da QV das mães de crianças com PC e mães com desenvolvimento típico, houve diferença com significância estatística somente no domínio aspectos sociais. Devido às crianças com PC demandarem mais recursos, houve uma relação da dependência dessas crianças nos domínios de dor e aspectos emocionais de suas mães, afetando, portanto sua QV. Os dados ainda sugerem que a QV das mães de crianças com PC é pouco afetada, comparada com a QV das mães de crianças com desenvolvimento típico.

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Publicado

19-03-2018

Edição

Seção

Artigos