Efeitos da governança corporativa e da performance empresarial sobre o turnover de executivos no Brasil: comparando empresas familiares e não-familiares
Resumo
A análise da governança corporativa, incluindo-se a transparência da administração, tem se tornado um fator chave para conhecer as grandes empresas. Ao mesmo tempo, vem sendo apontada como um indicador de confiança dos investidores nas decisões tomadas pela administração das empresas listadas em bolsas de valores. Uma das formas de avaliar as estruturas e práticas de governança corporativa é verificar a sensibilidade do turnover de executivos ao desempenho da firma (VOLPIN, 2002). Neste artigo, objetiva-se verificar a existência de diferenças significativas de desempenho, valor e estruturas de governança corporativa entre empresas familiares e não-familiares; e, ainda, a existência de associações entre performance e turnover de executivos, tendo em vista a atuação da governança corporativa. A análise é conduzida tomando como referência um conjunto de 176 empresas industriais listadas na Bovespa, segmentadas por tipo (familiar ou não-familiar), entre 1997 e 2001. A contribuição do estudo se dá pelas peculiaridades que envolvem as empresas familiares, que não têm sido consideradas em pesquisas brasileiras, e pelo oferecimento de elementos para refletir teoricamente o desempenho das empresas familiares e suas estruturas de governança. Os resultados alcançados revelam a existência de diferenças significativas de desempenho, valor e estruturas de governança corporativa entre empresas familiares e não-familiares. É possível verificar ainda que, nas empresas familiares, quanto maior a rentabilidade, menores são os níveis de turnover.
PALAVRAS-CHAVE: Governança corporativa; Indústrias brasileiras; Turnover de executivos; Conselhos de administração; Desempenho empresarial.
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