Conversão de Veículos Flex para o Gás Natural: Problema de Escassez e Contribuição à Sustentabilidade

Autores

  • Sérgio A. P. Bastos PUC-Rio
  • Graziela Fortunato

Palavras-chave:

Gás Natural Veicular, Escassez de Combustível, Opções Reais, Sustentabilidade, Conversão de Combustível.

Resumo

Dentre as fontes de energia menos poluentes tem-se o gás natural veicular (GNV). Seu uso como fonte de energia no setor de transportes vem crescendo na ordem de 52% em âmbito mundial entre 2008 e 2035 e representa uma alternativa para redução do dano ambiental decorrente do uso crescente de fontes energéticas poluentes. Considerando o contexto social, político e econômico, ações sustentáveis são esperadas por parte dos indivíduos e empresas. Com isso, este estudo objetiva valorar a opção da conversão de veículos leves flex para o gás natural veicular (GNV) tendo a contribuição para a sustentabilidade como principal motivador. A metodologia de opções reais e a simulação de Monte Carlo foram empregadas para modelar a opção europeia, já que a decisão de abastecer com GNV, gasolina ou etanol, a cada período, é totalmente independente da decisão dos períodos anteriores, tal como Bastian-Pinto, Brandão e Alves (2010), admitindo a capilaridade dos postos de gasolina como um fator adicional de incerteza. Assim, é calculado o valor da flexibilidade obtida pela conversão, considerando incertezas quanto à evolução dos preços dos combustíveis e à escassez do GNV devido à pouca capilaridade de postos com oferta deste combustível. Os resultados mostram que para uma escassez de 25% - aproximadamente a parcela dos postos do estado do Rio de Janeiro em que há oferta de GNV – é requerido um mínimo de 1.200 km de distância percorrida por mês para que o valor da opção seja positivo. Além disso, o valor da opção pode chegar a 416,8% de retorno sobre o custo da conversão, ou 31,0% do valor do veículo, mesmo desconsiderando eventual benefício fiscal dado a esse combustível pelas normas brasileiras. Os resultados evidenciam também que existe ganho incorporado à opção analisada, relacionado à sustentabilidade, dado que o GNV é um tipo de energia mais limpa.

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Biografia do Autor

Sérgio A. P. Bastos, PUC-Rio

Doutor em administração de Empresas (PUC-Rio, 2012), Mestre em Administração de Empresas (PUC-Rio, 2006), Especialista em Administração de Empresas (PUC-Rio, 1991) e Engenheiro Mecânico (UFRJ, 1985). Focos de pesquisa: estratégias políticas e alianças e redes estratégias. 26 anos de experiência profissional, sendo 20 anos em consultoria empresarial.

Graziela Fortunato

Doutora em Administração de Empresas (PUC-Rio, 2009), ênfase em Finanças e Marketing, Mestre em Administração Financeira (IBMEC, 2003), MBA em Mercado de Capitais (IBMEC, 1999), Pós Graduada em Administração Financeira (FGV-Rio, 1995) e Engenheira de Produção (UFRJ, 1993). Mais de 15 anos de experiência profissional em empresas de grande porte.

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Publicado

2014-07-17

Edição

Seção

Finanças Estratégicas