Redes Sociais Empreendedoras para Obtenção de Recursos e Legitimação Organizacional: Estudo de Casos Múltiplos com Empreendedores Sociais

Autores

  • Rúbia Oliveira Corrêa Universidade Federal de Sergipe
  • Rivanda Meira Teixeira Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

Empreendedorismo social. Redes de relacionamento. Laços. Recursos. Legitimação organizacional.

Resumo

Também denominadas como redes de relacionamentos, as redes sociais empreendedoras abordam as relações com outras organizações, com grupos de empresas e com pessoas que os ajudam a criar empreendimentos. O objetivo geral desse estudo que é analisar como os empreendedores sociais, durante a fase de concepção dos seus negócios, se valem das suas redes sociais ou de relações para obter recursos e legitimação organizacional. Especificamente pretendeu identificar os laços sociais conforme definição de Granovetter (1973), apontar os recursos mobilizados através das redes de relacionamento de acordo com classificação de Brush, Greene e Hart (2001) e verificar os critérios de legitimação das organizações com fins sociais com base na tipologia de Atack (1999). O presente estudo tem abordagem qualitativa, de natureza exploratória e descritiva. Utilizou-se o estudo de casos múltiplos como estratégia de pesquisa. A coleta de evidências foi realizada através de entrevistas semiestruturadas com três empreendedores sociais. Os diálogos foram gravados e posteriormente transcritos. O conteúdo das entrevistas foi analisado com a adoção da técnica de análise de conteúdo. Após a análise dos casos, foi possível observar, nas redes de relacionamentos dos empreendedores tanto laços fracos como fortes. Estes últimos resumiram-se à família, amigos e colegas de profissão. No que diz respeito aos laços fracos, foram citadas empresas públicas, privadas e doadores/colaboradores pessoas físicas. Os laços fortes, em especial, fomentaram praticamente todos os tipos de recursos necessários à concepção dos empreendimentos analisados. Os laços fracos, por sua vez, promoveram uma boa parcela dos recursos físicos necessários às organizações em questão. Foi possível observar também que as redes de relacionamento contribuíram para a legitimação das organizações com fins sociais analisadas. Foi verificado o quanto elas são participativas com relação ao fomento da legitimidade formal-procedimental. Entretanto, os empreendedores poderiam ainda ter potencializado essa fonte de recursos, aproveitando-as melhor no âmbito da legitimação substantivo-proposital, fomentando a promoção de mecanismos para motivar e captar voluntários, desenvolvendo critérios a fim de mensurar a eficácia das atividades promovidas ou ainda aproveitando o capital intelectual das suas redes através da promoção do processo coletivo de tomada de decisão.

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Biografia do Autor

Rúbia Oliveira Corrêa, Universidade Federal de Sergipe

Administradora e Mestranda em Administração pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Possui MBA em Gerenciamento de Projetos pela Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe (FANESE).

Rivanda Meira Teixeira, Universidade Federal de Sergipe

Mestrado em Administração pela COPPEAD/UFRJ (1979). Doutorado em Administração pela Cranfield University Inglaterra (1996). Pós Doutorado em Gestão Turismo na Bournemouth University, Inglaterra e na Strathclyde University Escócia (2000-2001). Pós Doutorado em Empreendedorismo em Turismo na HEC em Montreal, Canadá (2007). Coordenadora do Mestrado em Administração da UFS, Professora dos Mestrados em Administração e Economia da UFS.

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Publicado

2014-09-11

Edição

Seção

Gestão Humana e Social