Conexões Políticas em Estruturas de Propriedade:o Governo como Acionista em uma Análise Descritiva

Autores

  • Nathanael Kusch Brey Faculdade Tecnológica SENAC Jaraguá do Sul
  • Sílvio Parodi Oliveira Camilo UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense.
  • Rosilene Marcon UNIVALI - Universidade do Vale do Itajai
  • Rodrigo Bandeira de Mello FGV-EAESP.

Palavras-chave:

Estrutura de Propriedade, Conexões Políticas, Estratégia Política Corporativa, Governo, Privatização.

Resumo

Com o crescente interesse da literatura econômica sobre o ativismo do governo, se percebe que o governo passa a influenciar a atividade produtiva e econômica no Brasil de maneira mais intensa (FUCS; CORONATO, 2011). Sob a ótica da teoria da estratégia política corporativa, o principal objetivo deste trabalho é analisar a estrutura de propriedade com participação societária do governo nas empresas brasileiras listadas na BM&FBOVESPA, no período de 1999 a 2010. O estudo explora a presença do governo em diversas esferas sendo elas federais estaduais e municipais nas estruturas de propriedade das empresas brasileiras listadas na BM&FBOVESPA, o que demonstra seu ineditismo em relação a outros estudos no país.  Considera duas formas de identificação do governo como acionista: direta (empresas públicas, empresa estatais, autarquias federais, bancos de desenvolvimento nacional ou regional, fundos de desenvolvimento social e fundos de participação social), indireta (fundos de pensão de empresas públicas e estatais), as segregando em participação majoritária ou minoritária. Entre os principais resultados encontrados, primeiramente confirmou-se o pressuposto de estudos anteriores que investigam a estrutura de propriedade no Brasil, de que a maioria das empresas brasileiras listadas na BM&FBOVESPA possuem estrutura de propriedade concentrada, indicando a existência da figura de um acionista majoritário, no qual foi encontrado que em média o maior acionista possui 62,77% do capital votante, e 49,78 do capital total das empresas. Também os resultados encontrados indicam que o governo, quando compõe a estrutura de propriedade das firmas, tem participação relevante na economia, chegando a participar diretamente em 13,71% das empresas abertas negociadas na BM&FBOVESPA.  Sendo que nos últimos 12 anos, possuiu em média 49,72% das ações com direito a voto, e 39,01% do total de ações de cada empresa, indicando que o governo controla as empresas quando está diretamente envolvido com elas. Sendo assim perceptível que o governo ao mesmo tempo diversifica suas relações societárias em setores, pois não esta concentrado apenas em poucos setores, mais está presente em todos os setores da economia em diferentes níveis de atuação.

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Biografia do Autor

Nathanael Kusch Brey, Faculdade Tecnológica SENAC Jaraguá do Sul

Mestre em Administração pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Professor do curso de tecnologia em processos gerenciais da Faculdade tecnológica SENAC Jaraguá do Sul (SENAC/SC). Principais áreas de interesse são governança corporativa, estratégias políticas, finanças e desempenho.

Sílvio Parodi Oliveira Camilo, UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense.

Doutor em Administração e Turismo pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Professor do Programa de Pós-Graduação em Organizações e Desenvolvimento (UNESC). Principais áreas de interesse são governança corporativa, estratégias políticas, finanças e desempenho.Av. Universitária, n. 1105, Bairro Universitário. Cep 88.806-000, Criciúma/SC.Fone: 0xx48 34312500

Rosilene Marcon, UNIVALI - Universidade do Vale do Itajai

Doutora em Finanças pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora professora do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade do Vale do Itajai (UNIVALI). Suas principais áreas de interesse são governança corporativa, estratégia e desempenho em países emergentes, estratégias políticas. Rua João Coan, 400 - Bloco 01, Sala 408 - Bairro Centro Biguaçu/SC - CEP 88160-000 Fone: (0XX48) 3279-9552 / 3279-9580

Rodrigo Bandeira de Mello, FGV-EAESP.

Doutor em área de Estratégia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professor Adjunto do Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos na FGV-EAESP. Suas principais áreas de interesse são estratégia e desempenho em países emergentes, gestão dos stakeholders e estratégias políticas. EAESP/FGV R Itapeva, 474 11º. andar 01332-000 São Paulo, Brasil Fones: 113799-7740

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Publicado

2013-06-11

Edição

Seção

Finanças Estratégicas