O efeito da diversificação no valor das empresas listadas em Bolsa no Brasil

Autores

  • Thomaz Freire de Carvalho FGV
  • Marcelo Verdini Maia PUC-RJ/IAG
  • Claudio Henrique da Silveira Barbedo IBMEC

Palavras-chave:

diversificação, Q de Tobin, valor da empresa, determinantes de valor, relação entre segmentos

Resumo

Neste trabalho verificam-se evidências de que a diversificação e o valor das empresas são negativamente relacionados. O trabalho segue a metodologia utilizada por Lang e Stulz (1994) e tem como objetivo determinar se o valor de mercado das firmas brasileiras é correlacionado com seu grau de diversificação de seus negócios ou de sua carteira de negócios. Os resultados indicam que a relação negativa é observada para diferentes métricas de diversificação e se mantém mesmo quando se controla o efeito de outras variáveis conhecidas por influenciar o valor das empresas, a saber: investimentos, endividamento, rentabilidade e tamanho da empresa. Além disso, assim como empresas especializadas, as empresas pouco e altamente diversificadas também possuem um valor elevado, medido pelo Q de Tobin. Por fim, dois resultados novos trazidos por este trabalho são o indício de que a diversificação em segmentos mais relacionados apresenta um efeito menos negativo do que a diversificação em segmentos distintos e o fato da correlação da diversificação com o valor da empresa ser positiva em tempos de crise econômica. A implicação deste resultado é que as empresas que não possuem um posicionamento claro em relação à decisão de diversificação tendem a ter um desempenho pior que as demais e que em momento de crise as empresas mais diversificadas possuem um fluxo de rendimentos de menor risco. A limitação do trabalho é o fato de que a análise pode ter sido prejudicada devido a grande maioria das empresas brasileiras atuarem em segmentos extremamente relacionados. Isso pôde ser observado pela altíssima média do índice herfindahl, ainda que ajustado para considerar apenas segmentos não correlacionados.  

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Biografia do Autor

Thomaz Freire de Carvalho, FGV

Mestre em Economia pela Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas

Analista do Departamento de Relação com os Investidores da Vale S.A.

Marcelo Verdini Maia, PUC-RJ/IAG

Ph.D. em Finanças pelo Finance Department da University of Pennsylvania

Professor do Departamento de Economia do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais

Claudio Henrique da Silveira Barbedo, IBMEC

Doutor em Finanças pelo Programa de Pós-graduação em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professor do Departamento de Economia do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais 

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Publicado

2011-11-10

Edição

Seção

Finanças Estratégicas