Investimentos estrangeiros em carteiras de ações, crises internacionais e IBOVESPA
Resumo
Este trabalho analisou a relação entre o comportamento do mercado acionário brasileiro, representado pelo Ibovespa, e os fluxos de capitais estrangeiros direcionados para investimentos em carteira de ações, no período posterior à implantação do Plano Real. Ao longo desse período, foram observadas diversas crises financeiras no âmbito internacional que provocaram instabilidade e volatilidade nos fluxos de capitais estrangeiros. Este trabalho considera as influências sistemáticas dessas instabilidades sobre o Ibovespa, especialmente pela capitalização relativamente pequena do mercado brasileiro de ações. A hipótese de mercado eficiente supõe que os preços das ações, e com isso o Ibovespa, seguem um caminho aleatório e não devem estar sujeitos a influências sistemáticas de outros fatores. A hipótese geral do trabalho é que os fluxos de capitais estrangeiros direcionados para o mercado acionário brasileiro influenciam significativamente o Ibovespa. A hipótese especifica que crises internacionais e nacionais influenciam negativamente os fluxos de capitais estrangeiros nesse segmento e com isso o Ibovespa. A justificação para este trabalho é de que essas influências sistemáticas de crises sobre o Ibovespa são um fator sistemático que limita a hipótese de mercado acionário brasileiro eficiente. Foi realizada uma análise empírica com diferentes modelos mostrando que há evidências de influência sistemática dos fluxos de capital estrangeiro em carteira de ações sobre o Ibovespa. Esses achados limitam, de certa forma, a adequação da hipótese de mercado eficiente para o mercado brasileiro de ações. Essa influência sistemática dos fluxos de capital estrangeiro sobre o Ibovespa pode ser um fenômeno restrito no período analisado, refletindo a alta volatilidade dos fluxos de capitais estrangeiros por causa de crises externas e internas.
PALAVRAS-CHAVE: Fluxos de capitais estrangeiros; Mercado acionário brasileiro; Finanças internacionais.
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