A poesia do acontecimento em Casa de Máscaras, de Péricles Prade
Palavras-chave:
Ensaio, Acontecimento, Poesia, Cotidiano, LinguagemResumo
Neste ensaio, faço um diálogo com alguns aspectos do ato criativo que o poeta Péricles Prade apresenta em seu livro Casa de máscaras (2013). Nessa conversa, como um leitor, busco nos enunciados temáticos esmiuçar as palavras e os sentidos que elas poetizam. Deixar os poemas da obra sacudirem o silêncio das páginas favoreceu o desvelar de uma nova escrita sobre um lampião das palavras que discretamente espiam o leitor. Ao trazer neste ensaio um conjunto de extratos de outros poetas e escritores, como alquimia de memórias e faróis de guias, desfio um outro imaginário que a Casa de máscaras concede. O ensaio, como uma interpretação particular, se faz a partir de uma realidade apreendida, portanto, do objetivo e do subjetivo se faz uma unidade; contudo, depois do seu inexorável porvir de harmonias, ela explode em múltiplas interpretações referenciadas. Faz-se a advertência de que o ensaio, livre e pleno de toda construção que dele se cerca, é também um lugar do não lugar. E, assim, é o ato criativo de Péricles Prade que, na textura ímpar de cada palavra, recria os seus significados como outros caminhos que ela percorre para se enunciar. É precisamente nesse vão que a poesia comprime as palavras e transcende.
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