Como Projetar com Pessoas que Vivem em Áreas Socialmente Vulneráveis?
Palavras-chave:
Assessoria Técnica, Extensão universitária, Ocupações Urbanas, Moradia, Sem TetoResumo
O Escritório de Integração presta assessoria técnica direta a ocupações urbanas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua proposta metodológica baseia-se na fricção entre o conhecimento e a experiência dos moradores, que autoproduzem seu território, e dos técnicos, neste caso, professores e alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC Minas. Trata-se não só de investigar o que nos distancia e o que nos aproxima, mas também de superar paradigmas de urbanização que empobrecem o cotidiano e degradam a vida. Orientam tal proposta tanto a consideração dos impactos - sobre o território, o cotidiano e o trabalho - das técnicas convencionais de urbanização, predominantes na chamada cidade formal e reproduzidas na chamada cidade informal, quanto a constatação de que a incompletude da urbanização nos territórios autoproduzidos, associada ao seu potencial autogestionário, constitui uma condição desafiadora e aberta à experimentação. Neste artigo apresentamos o trabalho realizado em quatro anos, envolvendo práticas de extensão e em disciplinas na Graduação e na Pós-Graduação. Focado desde 2014 em três ocupações urbanas objeto do mais grave conflito fundiário urbano do Brasil, o trabalho, sempre intenso, desta vez consistiu de uma provocação. Por meio de ações diretas cujo efeito intencionava-se imediato, realizou-se um exercício simultâneo de crítica de processos e técnicas de urbanização ali em curso e de reconhecimento de outros que, não necessariamente desconhecidos ou alternativos, são ali desconsiderados. Propositadamente, tomou-se o atendimento a demandas pontuais dos moradores como estratégia para a franca abordagem dos processos pelos quais tais demandas se multiplicam e se agravam.Downloads
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