Jardins Possíveis e as águas na cidade

pesquisa e ensino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5935/cadernospos.v24n1p169-184

Palavras-chave:

Multiespécies; Jardins Possíveis; Cosmopolítica; Ensino; Pesquisa.

Resumo

A água é um elemento essencial da vida, mas é muito negligenciada nas cidades. Entendendo sua importância na produção do espaço para a vida, a proposta do artigo é discutir como a pesquisa e o ensino de arquitetura e urbanismo tem potencial para contribuir com esse debate. Essa discussão parte dos questionamentos levantados pela pesquisa multiespécies Jardins Possíveis, que traz o entendimento de que é necessário superar o caráter antropocêntrico dos projetos urbanos. Algumas ideias são mobilizadas para a discussão proposta: jardins possíveis, multiespécies, cosmopolítica, direitos concedidos a não humanos. São apresentados como os jardins contribuem para fazer perceber, a partir do cotidiano, a água na cidade, com especial interesse em sua agência e sua importância para a drenagem. A partir desse entendimento são apresentados experimentos didáticos para propor projetos que coloquem a água como central. Como conclusão, traz a importância dos espaços cotidianos para os ciclos hídricos, a necessidade de expandir os imaginários da água e aponta para as assembleias cosmopolíticas como exemplo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BERARDI, F. Futurabilidad: la era de la impotência y el horizonte de posibilidad. Buenos Aires: Caja Negra, 2019.

BRAGANÇA, L. S. Jardins como possibilidade. Rio de Janeiro: Paisagens Híbridas, 2023a. (Coleção Jardins Possíveis).

BRAGANÇA, L. S. Possible Gardens: cosmopolitical worlds. Front. Environ. Sci. 11:1234178. DOI 10.3389/fenvs.2023.1234178, 2023b.

CARVALHO, E. T. Geologia urbana para todos: uma visão de Belo Horizonte. 2. ed. rev. Belo Horizonte: do autor, 2001.

COSTA, H. S. M. Meio ambiente e desenvolvimento: um convite à leitura. In: HISSA, C. E. V. (org.). Saberes ambientais: desafios para o conhecimento. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2008. p. 79-107.

HERZOG, C. P. Cidade para todos: reaprendendo a conviver com a natureza. Rio de Janeiro: Mauad, 2013.

LATOUR, B. Diante de Gaia: oito conferências sobre a natureza no antropoceno. São Paulo: Ubu, 2020.

MAGALHÃES, C. O desenho da história no traço da paisagem: patrimônio paisagístico e jardins históricos no Brasil – memória, inventário e salvaguarda. 2015. Tese (Doutorado em História) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015.

MIGNOLO, W. Histórias locais, projetos globais. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2003.

MONGIN, O. Les jardins front la ville. Rio de Janeiro: Fundação Total, 2013.

OYĚWÙMÍ, O. Jornada pela academia: filosofia africana. 2018. Disponível em: https://filosofia-africana.weebly.com/textos-africanos.html. Acesso em: 28 jan. 2022.

PINSKY, J. As primeiras civilizações. São Paulo: Contexto, 2001.

SENOS, J. Pensamento contrafactual e raciocínio causal: efeito de facilitação recíproca e modelo de integração. Lisboa: UNL, 2008.

SODRÉ, M. Claros e escuros: identidade, povo e mídia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1999.

STENGERS, I. A proposição cosmopolítica. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 69, p. 442-464, 2018.

TSING, A. Viver nas ruínas: paisagens multiespécies no Antropoceno. Brasília: IEB Mil Folhas, 2019.

Publicado

2024-06-18

Como Citar

BRAGANÇA, L. Jardins Possíveis e as águas na cidade: pesquisa e ensino . Cadernos de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, [S. l.], v. 24, n. 1, p. 169–184, 2024. DOI: 10.5935/cadernospos.v24n1p169-184. Disponível em: https://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgau/article/view/15912. Acesso em: 2 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos