Por Que É Baixo o Investimento Direto das Firmas Brasileiras no Exterior?
Resumo
O artigo discute a evolução recente do investimento externo direto (IED) das empresas brasileiras e suas tendências futuras. Ele mostra o declínio relativo do IED brasileiro em relação ao de outros países em desenvolvimento e avalia suas perspectivas de recuperação. Uma resenha da literatura internacional conclui que a atividade de IED é boa tanto para as firmas que fazem o IED como para a economia dos seus países de origem. Por isso, a questão de por que o IED brasileiro é tão baixo é ainda mais importante. Para responder, o artigo resenha trabalhos sobre o IED brasileiro e apresenta novas estatísticas, encontrando respostas no âmbito da firma (as firmas brasileiras são pequenas e voltadas para atender ao mercado interno), do produto (elas exportam principalmente
commodities), da tecnologia (a taxa de inovação é baixa), do setor (elas operam, em geral, em setores maduros ou competitivos, que pouco fazem IED) e da economia (inadequação do sistema financeiro e altas taxas de juros).
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