Cosmovisões religiosas como conteúdo formativo: considerações sobre as experiências educativas dos escravos no Brasil Imperial

Autores

  • Matheus da Cruz e Zica Universidade Federal da Paraíba

Resumo

Procuramos analisar nesse artigo alguns indícios a respeito dos conteúdos que os escravos brasileiros teriam aprendido durante suas infâncias no cativeiro. Apesar da baixa taxa de escravos escolarizados, nosso trabalho evidenciou que além do assistemático aprendizado de trabalhos manuais obrigatórios e precoces naquelas circunstâncias, muitos negros continuaram a aprender as visões de mundo presentes nas religiões africanas de seus antepassados, bem como as práticas corporais e sensitivas a elas associadas. As principais evidências que nos levam a fazer tais considerações são as recorrentes imagens do universo dos ritmos – tais como a capoeira, a dança, o canto e o toque de viola – associadas às representações de estéticas corporais africanas como o rosário de contas brancas, cicatrizes tribais e dentes limados nas descrições de muitos dos escravos fugidos anunciados no jornal mineiro O Noticiador de Minas, entre os anos de 1869 e 1873.

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Biografia do Autor

Matheus da Cruz e Zica, Universidade Federal da Paraíba

Graduado em História pela UFMG. Mestre, Doutor e Pós-doutor em Educação pela UFMG. Professor Adjunto do Departamento de Fundamentação da Educação do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba e membro do PADMA: Grupo de Pesquisas em Religiões e Filosofias Orientais. Professor dos Programas de Pós Graduação em Educação da UFPB e em História da UFCG.

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Publicado

2015-09-30

Como Citar

Zica, M. da C. e. (2015). Cosmovisões religiosas como conteúdo formativo: considerações sobre as experiências educativas dos escravos no Brasil Imperial. Revista Ciências Da Religião - História E Sociedade, 13(1). Recuperado de http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cr/article/view/6705

Edição

Seção

Artigos