A doutrina do pecado de morte como fator de desenvolvimento de quadro depressivo nos membros da Congregação Cristã no Brasil
Resumo
Esta pesquisa tem como finalidade analisar o grave problema moderno relacionado à depressão, com foco no sentimento religioso dos membros da Congregação Cristã no Brasil. Historicamente, as denominadas doenças do cérebro estiveram relacionadas a fatores espirituais, como o castigo por causa do pecado ou transgressão aos mandamentos divinos. Embora possua seu caráter terapêutico, o sentimento religioso vem sendo considerado como fator impeditivo para que os cristãos portadores de doenças mentais procurem tratamento terapêutico profissional. Dentro da teologia evangélica, determinados pecados, principalmente os de ordem sexual, são considerados como erros graves, passíveis de punição e castigo divino. O cristão, de maneira geral, vê-se em constante estado de tensão entre os desejos instintivos de seu corpo e os preceitos que regulam sua fé. Como agravante, a Congregação Cristã no Brasil tem defendido, ao longo de sua história, que os pecados de ordem sexual são delitos irreversíveis, considerados como “pecado de morte”. Dessa maneira, o membro dessa denominação parece viver maior tensão, pois, caso cometa algum pecado dessa natureza, perde a condição de filho de Deus e de membro da igreja. Diante disso, para o indivíduo que comete tal transgressão não resta mais esperança, pois seu “estado pecador” o coloca frontalmente em oposição a Deus, sem nenhuma perspectiva de restabelecimento espiritual diante do grupo. Assim, a pesquisa procura compreender as causas que levaram a Congregação Cristã no Brasil a adotar o que chama de “doutrina do pecado de morte” e sua relação inequívoca com os pecados de ordem sexual, bem como entender em que níveis essa doutrina pode influenciar os fatores que desencadeiam os quadros depressivos em seus membros.
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