Deuses que dançam da topia dos orixás à utopia tópica cristã
Resumo
Na religião dos Orixás, o corpo é a morada da vida: os deuses dançam, cantam, comem e fornicam. Suas referências ora são destinados a rituais sensuais do próprio corpo – dos deuses e dos fiéis -, ora a sensualidade é assumida a partir dos elementos naturais. E assim, não é o humano que se inscreve sobre a natureza não-humana; ao contrário, a natureza e o topos se inscrevem sobre o corpo e a alma humanos. Se essa característica está presente sobretudo e ainda hoje nos candomblés, também na umbanda o corpo se evidencia, mas o que a separa do candomblé é o que a aproxima daqueles que os perseguem, a ambos: do cristianismo e sua utopia, sua negação do corpo sensual e afirmação do mundo eterno post-mortem. E, no entanto, também os perseguidores cristãos contemporâneos descobriram o sensual – e imputam aos perseguidos o diabólico do sensual. Este texto ilustra, a partir da mitologia dos orixás, a sensualidade dos deuses de matriz afro-brasileira e ensaia uma reflexão sobre a nova topia do cristianismo praticado por neo-pentecostais e católicos renovados.Downloads
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