Paisagem, raça e justiça ambiental em Macapá (AP)
reflexões sobre a trama hídrica e sociorracial de uma cidade amazônica
DOI:
https://doi.org/10.5935/cadernospos.v23n2p121-141Palavras-chave:
Amazônia, Justiça ambiental, Planejamento da paisagem, Macapá.Resumo
Nas cidades da Amazônia, o processo de urbanização mantém similaridades com as cidades do centro-sul do país, mas há um intenso entrelaçamento entre os processos sociais e os sistemas ambientais (água, vegetação e relevo), que conferem a idiossincrasia dessas paisagens, ao mesmo tempo que articula processos de degradação ambiental com segregação racial. Em que pesem os avanços dos processos predatórios nesse contexto, este artigo busca compreender os processos de urbanização na cidade de Macapá, identificando sobreposições entre a transformação da sua trama hídrica e a exclusão da população negra. Para isso, adota uma abordagem qualitativa, combinada com análise documental e elaboração de cartografia, a qual engloba recortes espaciais da parte central e da área de expansão da cidade. A pesquisa tem como base os conceitos de planejamento da paisagem e de justiça ambiental e revela que o avanço da urbanização alterou o território por meio das mudanças das características biofísicas, de modo a gerar injustiça ambiental para determinados grupos sociais historicamente marginalizados.
Palavras-chave: Amazônia, justiça ambiental, planejamento da paisagem, Macapá.
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