Capacidades organizacionais e desempenho em um setor geograficamente concentrado e com baixo potencial de diferenciação
Palavras-chave:
Capacidades, Desempenho, Varejo, Concentração Geográfica, Potencial de Diferenciação.Resumo
O objetivo no presente artigo foi verificar a relação entre capacidades e desempenho em um setor geograficamente concentrado, ou seja, com concorrência próxima e numerosa, num conjunto de organizações de pequeno porte e, portanto, com maior restrição de recursos e frequentemente também de capacidade administrativa (não profissionalizada) em comparação a grandes empresas. O referencial teórico que guiou o trabalho está baseado na Teoria dos Recursos. O contexto escolhido para o estudo foi o conjunto de lojas de varejo de vestuário de uma extensa avenida do centro da cidade de Curitiba, no Paraná. Foram realizadas inicialmente entrevistas com proprietários e gerentes dessas lojas para verificar quais seriam as principais capacidades exigidas nesse segmento geográfico de mercado, em que se destacaram: (i) imagem; (ii) clientes; (iii) preços; e, (iv) finanças. A partir dessa classificação foram elaboradas e testadas as hipóteses do estudo via Modelagem de Equações Estruturais. Os resultados apontaram a primazia das capacidades Preços e Finanças no que concernem aos efeitos positivos das capacidades sobre o desempenho. A discussão dos resultados explora os aspectos contingenciais da relação recursos-desempenho nesse conjunto de organizações e as razões de os lojistas apontarem como fontes de vantagem competitiva algumas capacidades que não impactam diretamente a variação no desempenho. Conclui-se que em função do baixo potencial de diferenciação das organizações que fizeram parte do estudo, é que as capacidades denominadas Preço e Finanças são as únicas com influência significativa sobre a variação no desempenho quando comparadas às capacidades Imagem e Clientes. Outra constatação digna de nota foi o fato de que os lojistas entrevistados apontaram as capacidades clientes e imagem, que empiricamente não se relacionaram com a variação do desempenho, como fontes de vantagem competitiva. Defende-se aqui que isso se deve a ambiguidade causal que marca a relação entre recursos e desempenho no julgamento dos estrategistas.
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