Norma Pessoal de Reciprocidade: Evidências de Validade e Precisão de uma Medida

Conteúdo do artigo principal

Valdiney Veloso Gouveia
Anderson Mesquita do Nascimento
Alex Sandro de Moura Grangeiro
Tailson Evangelista Mariano
Layrtthon Carlos de Oliveira Santos

Resumo

O presente estudo objetivou adaptar para o contexto brasileiro o Questioná­rio Norma Pessoal de Reciprocidade (QNPR), reunindo evidências de sua validade fa­torial e consistência interna. Participaram 203 universitários, com idade média de 20,6 anos (DP = 4,54). Os dados foram analisados separadamente para crenças e compor­tamentos em reciprocidade. A primeira parte referente às crenças na reciprocidade contou com nove itens, com alfa de Cronbach de 0,66 e saturações variando de 0,33 a 0,65; na parte referente aos comportamentos em reciprocidade, dois componentes emergiram: o primeiro denominado reciprocidade negativa contou com nove itens, com saturações variando de 0,46 a 0,80 e alfa de Cronbach de 0,85 enquanto o segun­do componente foi denominado reciprocidade positiva, e contou com sete itens e sa­turações variando de 0,46 a 0,76, com alfa de Cronbach de 0,74. Concluiu-se que esses achados apoiam a adequação psicométrica deste instrumento, que apresenta evidên­cias de validade e precisão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Gouveia, V. V., Nascimento, A. M. do, Grangeiro, A. S. de M., Mariano, T. E., & Santos, L. C. de O. (2017). Norma Pessoal de Reciprocidade: Evidências de Validade e Precisão de uma Medida. Revista Psicologia: Teoria E Prática, 19(2), 117–130. https://doi.org/10.5935/1980-6906/psicologia.v19n2p117-130
Seção
Avaliação Psicológica

Referências

Ackermann, K. A., Fleiß, J. & Murphy, R. O. (2014). Reciprocity as an individual difference. Journal of Conflict Resolution. DOI: 10.1177/0022002714541854.

Axelrod, R. (1984). The evolution of cooperation. New York: Basic.

Barclay, L. J., Whiteside, D. B., & Aquino, K. (2014). To avenge or not to avenge? Exploring the interactive effects of moral identity and the negative reciprocity norm. Journal of business ethics, 121, 15-28. DOI: 10.1007/s10551-013-1674-6.

Cotterell, N., Eisenberger, R., & Speicher, H. (1992). Inhibiting effects of reciprocation wariness on interpersonal relationships. Journal of Personality and Social Psychology, 62, 658-668. DOI: 10.1037/0022-3514.62.4.658.

Dohmen, T., Falk, A., Huffman, D., & Sunde, U. (2009). Homo Reciprocans: Survey evidence on behavioral outcomes. The Economic Journal, 119, 592-612. DOI: 10.1111/j.1468-0297.2008.02242.x.

Goren, H. & Bornstein, G. (1999). Reciprocation and learning in the intergroup prisoner’s dilemma game. In D. V. Budescu, I. Erev, & R. Zwick (Ed), Games and human behavior: Essays in honor of Amnon Rapoport (pp. 299-314). Mahwah, NJ: Erlbaum.

Gouldner, A. W. (1960). The norm of reciprocity: A preliminary statement. American Sociological Review, 25, 161-178. DOI: 10.2307/2092623. Gouveia, V. V., Milfont, T. L., & Guerra, V. M. (2014). Functional theory of human values: Testing its content and structure hypotheses. Personality and Individual Differences, 60, 41-47. DOI: 10.1016/j.paid.2013.12.012.

Gouveia, V. V., Santos, W. S., Athayde, R. A. A., Souza, R. V. L., & Gusmão, E. É. S. (2014). Valores, altruísmo e comportamentos de ajuda: Comparando doadores e não doadores de sangue. Psico-PUCRS, 45, 209-218. DOI: 10.15448/1980-8623.2014.2.13837.

Hastings, B. M. & Shaffer, B. (2008). Authoritarianism: The role of threat, evolutionary psychology, and the will to power. Theory & Psychology, 18, 423-440. DOI: 10.1177/0959354308089793.

Hutz, C. S., Bandeira, D. R., & Trentini, C. M. (2015). Psicometria. São Paulo: Artmed Editora.

Knoch, D., Pascual-Leone, A., Meyer, K., Treyer, V., & Fehr, E. (2006). Diminishing reciprocal fairness by disrupting the right prefrontal cortex. Science, 314, 829- 832. DOI: 10.1126/science.1129156.

Perugini, M. & Gallucci, M. (2001). Individual differences and social norms: the distinction between reciprocators and prosocials. European Journal of Personality, 15, 19-35. DOI: 10.1002/per.419.

Perugini, M., Gallucci, M., Presaghi, F., & Ercolani, A. P. (2003). The personal norm of reciprocity. European Journal of Personality, 17, 251-283. DOI: 10.1002/per.474.

Restubog, S. L. D., Garcia, P. R. J. M., Wang, L., & Cheng, D. (2010). It’s all about control: The role of self-control in buffering the effects of negative reciprocity beliefs and trait anger on workplace deviance. Journal of Research in Personality, 44, 655-660. DOI: 10.1016/j.jrp.2010.06.007.

Rind, B. & Strohmetz, D. (1999). Effect on restaurant tipping of a helpful message written on the back of customer’s checks. Journal of Applied Social Psychology, 29, 139-144. DOI: 10.1111/j.1559-1816.1999.tb01378.x.

Schindler, S., Reinhard, M. A., & Stahlberg, D. (2012). Mortality salience increases personal relevance of the norm of reciprocity. Psychological reports, 111(2), 565-574.

Siqueira, M. M. M. (2005). Esquema mental de reciprocidade e influências sobre afetividade no trabalho. Estudos de Psicologia (Natal), 10, 83-93. DOI: 10.1590/S1413-294X2005000100010.

Tabachnick, B. G. & Fidell, L. S. (2013). Using Multivariate Statistics, 6 ed. Boston, MA: Pearson.