Futebol e funções executivas: um estudo de revisão

Autores

  • Ronê Paiano Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Alexandre Slowetsky Amaro
  • Fernanda Garcia
  • Rodrigo Carlos Toscano Ferreira
  • Kamila Santos Ressurreição
  • Luiz Renato Rodrigues Carreiro

Resumo

O futebol é praticado por pessoas de todas as camadas sociais, seja como forma de atividade de lazer, sociabilização, de competição ou de melhora da aptidão física. Por outro lado, a prática do futebol pode estar associada, também, a benefícios cognitivos pois, um ambiente rico de desafios, como são os esportes coletivos, podem contribuir para estimular as funções executivas. O objetivo deste artigo foi o de fazer um estudo de revisão sobre correlações entre a prática do futebol e funções executivas em crianças e adolescentes. Foram feitas buscas na base de dados PUBMed e Scielo com os equivalentes em inglês dos termos futebol associado a "funções executivas", ou “funções cognitivas” ou memória de trabalho, ou controle inibitório, ou flexibilidade cognitive até fevereiro de 2019, que resultaram em 112 artigos. Após os critérios de exclusão restaram 9 artigos que foram analisados. O componente mais avaliado nos artigos foi a memória de trabalho seguido de atenção, controle inibitório, fluência e flexibilidade cognitiva. Cinco trabalhos associaram as FE à pratica do futebol. Em dois trabalhos foram observados que os atletas adolescentes que treinavam futebol em clubes profissionais apresentavam melhores resultados nos testes de FE do que os adolescentes de treinavam em clubes amadores. A análise dos artigos deste estudo de revisão demonstrou que a prática de atividades esportivas, no caso o futebol, pode trazer benefícios para as funções executivas e as habilidades atencionais em crianças e adolescentes. Entretanto, mais pesquisas precisam ser desenvolvidas para se compreender a magnitude das adaptações em função do nível de complexidade e da demanda energética das atividades esportivas propostas. Esta revisão aponta para o potencial do futebol como elemento que pode contribuir para o desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes.

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Publicado

30-07-2019

Edição

Seção

Artigos